Como fica a Foz do Amazonas depois da saída da BHP

Como fica a Foz do Amazonas depois da saída da BHP

A desistência da mineradora BHP dos dois projetos que detinha na Bacia da Foz do Amazonas, deixou cinco empresas com atividade exploratória na região: Total, BP, QGEP, PetroRio e Ecopetrol. A francesa total continua sendo a empresa com o maior interesse na bacia, com cinco blocos exploratórios.

A E&P Brasil mostrou ontem que a mineradora BHP desistiu da concessão de duas áreas exploratórias que havia arrematado na Bacia da Foz do Amazonas. A empresa devolveu à Agência Nacional do Petróleo (ANP) a concessão dos blocos exploratórios FZA-M-257 e FZA-M-324, em águas rasas da Foz do Amazonas, arrematados por mais de R$ 30 milhões.

Os projetos de exploração na Foz do Amazonas vêm enfrentando forte resistência de ambientalistas e uma demanda grande de dados e informações por parte do Ibama. Os licenciamentos são acompanhados por organizações de preservação ambiental, entre elas o Greenpeace, devido à descoberta de uma área – de ao menos 9,5 km2– dominada por um raro recife de corais, capaz de sobreviver nas águas turvas do Amazonas. No começo do ano, a ONG iniciou uma campanha de mobilização contra a exploração de petróleo na região intitulada “defenda os corais da Amazônia.

Assim como fez recentemente a Total, a BP também atualizou seu cronograma de perfuração para o projeto do bloco FZA-M-59. A empresa pretende utilizar a mesma sonda prevista para a campanha da Total, a DS-9, da Ensco. A perfuração do poço Morpho tem previsão de início em setembro de 2019, com duração máxima estimada de 150 dias. Em dezembro do ano passado, o Ibama negou a emissão da licença para a campanha de perfuração da BP e pediu complementação dos estudos ambientais.

A E&P Brasil também antecipou que a Total apresentou ao Ibama uma atualização do cronograma do projeto de perfuração de nove poços na área dos cinco blocos exploratórios que arrematou na Bacia da Foz do Amazonas na 11a rodada da ANP, realizada em 2013. A empresa prevê iniciar a mobilização da sonda DS-9, da Ensco, no terceiro trimestre deste ano para começar a perfurar o primeiro poço no primeiro trimestre de 2019.