Transição energética

Regulação de eólica offshore precisa avançar para atrair investimentos, diz Aker 

Duarte Trindade, vice-presidente de Performance e Transformação da Aker Solutions conversou com o estúdio epbr durante a ESG Energy Forum do IBP, no Rio de Janeiro

Regulação de eólica offshore precisa avançar para atrair investimentos, diz Aker. Na imagem: Duarte Trindade, vice-presidente de Performance e Transformação da Aker Solutions, em entrevista exclusiva ao estúdio epbr durante o ESG Energy Forum do IBP, no Rio em junho de 2023 (Foto: Stéferson Faria/epbr)
Duarte Trindade, vice-presidente de Performance e Transformação da Aker Solutions, em entrevista exclusiva ao estúdio epbr durante o ESG Energy Forum do IBP, no Rio em junho de 2023 (Foto: Stéferson Faria/epbr)

RIO – O Brasil precisa avançar na regulação para atrair investimentos em eólica offshore e captura de carbono (CCS), afirmou Duarte Trindade, vice-presidente de Performance e Transformação da Aker Solutions nesta quarta-feira (22/6). Ele falou em entrevista exclusiva ao estúdio epbr durante a ESG Energy Forum do IBP, no Rio de Janeiro (veja a íntegra acima).

“Na parte da eólica offshore, o Brasil tem um enorme potencial. Ou seja, nós temos praticamente um potencial eólico na costa brasileira de 700 GW. Contudo, nós acreditamos que ainda falta marco regulatório para de fato tornar este mercado competitivo”, disse Duarte Trindade.

De acordo com o executivo, a Aker já está conversando com potenciais parceiros no desenvolvimento de parques eólicos offshore, mas sem ainda nada concreto. A empresa atua em projetos na Califórnia, Noruega e também na Coreia na Coreia do Sul.

“Eu acho que a criação do marco regulatório e também da infraestrutura de transmissão de energia é superimportante para que, de fato, o Brasil consiga capturar esses projetos. Então, o fundamental de fato é criar as condições essenciais de mercado para que a tecnologia seja implementada e que tenhamos atrativos para o mercado.”

Captura de carbono no Brasil

Outro mercado que depende de regulação para avançar é o de captura de carbono (CCS). Duarte Trindade lembrou que a Aker do Brasil já fornece equipamentos para projetos de CCS no exterior e afirmou que a empresa se prepara para o desenvolvimento do mercado interno.

“Temos um superinteresse em fornecer para essa indústria no Brasil [de captura de carbono]”, disse.

“O Brasil dentro da Aker teve um papel super relevante. Em junho do ano passado, tivemos os dois primeiros equipamentos de reinjeição de carbono a sair da nossa planta de São José dos Pinhais, no Paraná, que inclusive já estão instalados no Mar do Norte, na Noruega. São do projeto Northern Lights, em que o objetivo é criar um hub e uma network de captura e armazenamento de carbono. Estes equipamentos vão permitir reinjetar 1,5 milhão de toneladas ano de carbono. Então, hoje a Aker está a se preparar a ter tanto tecnologia como com capital humano para de fato conseguirmos suportar e também sermos um parceiro preferencial nesta área no Brasil.”