BRASÍLIA – A TotalEnergies assinou, nesta semana, três convênios com universidades brasileiras (Unicamp, USP e UFRJ) para impulsionar projetos de eletrificação com foco em energias renováveis. O investimento total chega a R$ 134 milhões.
De acordo com a empresa, os recursos são provenientes da cláusula da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para fomentar tecnologias de pesquisa e desenvolvimento (P&D) voltadas para o setor.
Com aporte de R$ 23 milhões, a parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) envolverá seis projetos voltados para o aprimoramento de tecnologias digitais – inteligência artificial, digital twins, blockchain – aplicadas à energia solar fotovoltaica e armazenamento de energia em baterias.
Para a Universidade de São Paulo (USP), serão destinados R$ 80 milhões para 11 projetos focados na geração e operação de energias limpas mais eficientes e inovações para parques eólicos onshore e offshore. Entre eles, uma pesquisa que avalia a integração de usinas fotovoltaicas com atividades agrícolas e a captura de CO2.
Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contará com R$ 31 milhões para desenvolver sete projetos com foco em sistemas híbridos (energia solar, eólica, hidrogênio e baterias) e geração eólica offshore.
As iniciativas vão abordar as soluções de geração de energia combinando fontes renováveis com sistemas convencionais, bem como o potencial eólico offshore da costa brasileira.
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Segundo o diretor-geral da TotalEnergies EP Brasil, Charles Fernandes, os convênios são importantes para a estratégia da companhia de investimento em portfólio multienergético.
“O Brasil é um país chave para a empresa. Focamos em projetos que estejam alinhados com a nossa estratégia de reduzir custos e emissões em ativos de óleo e gás e fomentar projetos em energias renováveis”, destaca Fernandes.
Foco em renováveis
A empresa francesa está investindo, por ano, cerca de US$ 1 bilhão em P&D e inovação em todo o mundo.
Em 2022, aproximadamente 58% desse investimento foi direcionado para novas energias (eletricidade renovável e novas moléculas), baterias e ações voltadas para a redução do impacto ambiental (metano, CCUS, água, biodiversidade), em comparação com menos de 30% em 2017.
Para 2023, a expectativa é que o investimento em tecnologias limpas atinja 65% do total.
Em maio, a TotalEnergies assinou um memorando de entendimento (MoU) com o governo do Rio de Janeiro para avançar a geração eólica offshore no estado. O acordo terá duração de dois anos e envolve estudos relacionados aos incentivos fiscais, tributários e à expansão para futuros projetos.
