Gás Natural

Compagas recebe propostas de 11 supridores de gás natural para a partir de 2024

Distribuidora paranaense espera ampliar a competitividade do gás no estado

Tradener finaliza teste para importação de gás da Bolívia e mira, atualmente, o mercado livre. Na imagem: Citygate (ponto de entrega de gás) da Compagas, distribuidora de gás natural do Paraná; Rede de gasodutos nas cores amarela e vermelha, com dois trabalhadores realizando inspeção; vestem uniforme azul, capacete branco e óculos escuros, equipamentos de proteção individual (Foto: Divulgação)
Citygate (ponto de entrega de gás) da Compagas (Foto: Divulgação)

RIO — A Compagas recebeu 24 propostas, de 11 supridores diferentes, na chamada pública aberta pela distribuidora paranaense de gás canalizado para aquisição de gás natural para a partir de 2024.

A empresa está em busca de 300 mil m3/dia para complementar volumes já contratados para 2024 e 450 mil m3/dia para a partir de 2025 — além de até 50 mil m³/dia para o fornecimento à Região Norte do Paraná via gás comprimido (GNC) ou liquefeito (GNL).

A Compagas informou, em nota, que todas as propostas estão em análise com vistas a obter melhores condições comerciais e operacionais de suprimento.

“A nossa expectativa é que com a diversidade de supridores participando do processo, seja possível um aumento da competitividade e, como consequência final, a redução no preço da molécula para que possamos repassar condições mais vantajosas ao mercado”, disse o CEO da Compagas, Rafael Lamastra Jr.

Esta é a quarta chamada pública lançada pela distribuidora nos últimos quatro anos.

A expectativa da companhia é que o processo seja cada vez mais frequente, para encontrar as melhores oportunidades de contratação de gás.

Atualmente, a distribuidora possui contratos na modalidade firme com a Petrobras e com a Galp e que somam cerca de 1 milhão de m³/dia.

A concessionária também conta com um contrato na modalidade interruptível firmado com a paranaense Tradener.

“Entendemos que há uma necessidade de desenvolver a infraestrutura de transporte do país para que possamos ter acesso a uma molécula mais competitiva. O sistema de transporte estruturado e acessível pode expandir o escoamento de gás nacional para o mercado interno e reduzir a dependência do gás boliviano”, comentou Lamastra.

Além disso, em paralelo, a Comgas busca oportunidades de aquisição de biometano.

O executivo também defende a importância da instalação de novos terminais de regaseificação de GNL no Sul do país para ampliar a oferta de gás na região — além da necessidade de se “avaliar a estrutura tarifária a fim de equalizar a competitividade do gás natural ao consumidor final”.