BRASÍLIA – Levantamento da consultoria global Great Place to Work (GPTW) mostra que, nas empresas de energia eleitas as melhores para trabalhar em 2023, apenas 18% dos cargos são preenchidos por mulheres, contra 82% ocupados por homens.
A pesquisa reflete o panorama global de desequilíbrio de gênero nos postos de trabalho do setor, no qual apenas 16% das vagas tradicionais na área de energia são ocupadas por mulheres; em renováveis, o cenário melhora para 32%. Os dados são da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).
A terceira edição do ranking classificou 20 empresas na lista de destaque em energia. Das companhias selecionadas, 10 atuam com geração, distribuição e transmissão, 5 com comercialização e 5 com cadeia de valor.
Na categoria de geração, distribuição e transmissão, a primeira colocada foi a Taesa, seguida Energisa Tocantins, em segundo lugar, e Energimp, em terceiro lugar. O Grupo MGO e a Tecnova Engenharia lideram as categorias de comercialização e cadeia de valor, respectivamente. Veja aqui a lista completa.
Desigualdade nos altos cargos
De acordo com o perfil dos funcionários das empresas vencedoras, divulgado pela GPTW, a disparidade é ainda mais alarmante considerando níveis hierárquicos.
Somente nos cargos de alta liderança, 84% das posições são ocupadas por homens, enquanto as mulheres representam 16%.
Na média liderança, a representatividade feminina é maior, com 25% de mulheres ocupando as posições, mas os homens ainda correspondem a 75% dos cargos.
Já em outras posições dentro das instituições ganhadoras, 71% dos postos são ocupados por homens e apenas 29% por mulheres.
A consultoria constatou ainda que, em relação ao nível de escolaridade, 72% dos funcionários possuem o ensino médio completo ou menos, 16% têm o ensino superior completo, 7% possuem ensino superior incompleto e 5% possuem pós-graduação.
Quanto à faixa etária dos colaboradores, 31% têm entre 35 a 44 anos, 27% têm de 26 a 34 anos, 18% têm entre 45 a 54 anos, 12% estão abaixo dos 25 anos e 11% acima dos 55 anos.