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Petrobras aguarda marco regulatório para seguir com análise financeira de eólicas offshore

“Temos condições sólidas para seguir com o plano de diversificar investimentos e fortalecer a Petrobras como uma companhia de energia integrada”, diz Jean Paul Prates. 

Entrevista coletiva com o presidente Jean Paul Prates, no Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro Foto: Maurício Pingo / Agência Petrobras
Entrevista coletiva com o presidente Jean Paul Prates, no Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro Foto: Maurício Pingo / Agência Petrobras

RIO – A Petrobras vai aguardar a definição de um marco regulatório das eólicas offshore no Brasil para seguir com as análises técnicas e financeiras desses novos projetos.

Segundo o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim, as análises na companhia ainda estão em estágio inicial.

O diretor reforçou que a prioridade da empresa será atuar em parceria com outras empresas na entrada em novas fontes de energia.

Há um acordo inicial com a Equinor para desenvolver até 14,5 GW de potência de geração eólica no offshore, por exemplo. São termos para estudo de investimentos conjuntos.

Segundo Tolmasquim, a estratégia está ligada ao compartilhamento de investimentos, experiências e riscos. “Quando se reduz a quantidade de capex comprometida em um projeto específico, é possível entrar em mais projetos”, afirmou.

Em vídeo apresentado aos acionistas, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou a intenção de atuar em parcerias.

“Temos condições sólidas para seguir com o plano de diversificar investimentos e fortalecer a Petrobras como uma companhia de energia integrada, justa e longeva”, disse.

Regulação na Aneel em 2024

O governo Bolsonaro (PL) editou decretos e regulamentos para contratação das áreas offshore em 2022. Setores do governo chegaram a tentar tirar o primeiro leilão do papel, sem sucesso.

Na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o tema está programado para 2024. Alessandro Cantarino, superintendente de Regulação dos Serviços de Geração, disse à epbr esta semana que a agência deve intensificar no ano que vem os trabalhos.

Segundo Cantarino, primeiro vai ser definida uma análise de impacto regulatório, seguido por uma consulta pública para que então a proposta de regulamentação seja submetida à diretoria da agência.

“Estamos neste momento no trabalho de aprendizado, conhecimento, pesquisa. Ao longo de 2024, devemos ter novidades”, disse.

Na Câmara, tramita o projeto de lei 576/2021, aprovado no Senado ano passado. É de autoria do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ex-senador pelo Rio Grande do Norte.

Petrobras e TotalEnergies contam com primeiro leilão em 2024

A Petrobras e a TotalEnergies esperam que o governo federal faça o primeiro leilão de áreas para geração de energia eólica offshore em 2024. A expectativa é compartilhada pelo IBP, que representa as produtoras de petróleo.

“Temos expectativa de um leilão no segundo semestre do ano que vem e estamos nos preparando para isso”, disse Fernanda Scoponi, gerente sênior responsável pelo desenvolvimento de negócios de energia eólica offshore da TotalEnergies no Brasil.

A expectativa foi compartilhada por Fernanda Delgado, diretora executiva corporativa do IBP, que participou com Scoponi durante evento da Câmara de Comércio Brasil-Texas, em Houston, nos Texas (EUA).

E pelo diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, em entrevista à epbr. Veja toda a cobertura da OTC 2023.

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