Petróleo e Gás

Petrobras estuda recompra de ações

Lá fora, é comum: majors destinam parte dos ganhos para a compra das próprias ações; A Petrobras também avalia mudanças no pagamento de dividendos

Petrobras avalia estratégia de recompra de ações. Na imagem: Fachada do edifício-sede da Petrobras (Edise), na avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Rodrigo Soldon/Flickr)
Edifício-sede da Petrobras (Edise), na avenida Chile, no Rio de Janeiro (Foto: Rodrigo Soldon/Flickr)

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Você vai ver aqui: Petrobras estuda recompra de ações e mudanças no pagamento de dividendos. Lá fora, é comum: majors destinam parte dos ganhos a compra das próprias ações. Na Foz, idas e vindas sobre a simulação de emergência; Ibama, agora, é contra. No Rio, Light em recuperação judicial

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O conselho da Petrobras inclui na agenda da companhia a criação de uma estratégia de recompra de ações. As decisões divulgadas ontem (11/5) incluem ajustes no plano estratégico em curso e possíveis mudanças no pagamento de dividendos.

– Deliberações do novo conselho, formado em abril. Essa foi a primeira reunião com os conselheiros eleitos por indicação do governo Lula (relembre a composição). Diretoria deve apresentar propostas até julho.

Lucro. A Petrobras fechou o balanço do primeiro trimestre com lucro de R$ 38 bi e aprovou o pagamento de R$ 25 bi em dividendos.

A recompra é um tema em debate no exterior. Grandes empresas produtoras de petróleo têm programas do tipo e elevaram em bilhões de dólares os ganhos destinados à aquisição das próprias ações.

– Estão nesse grupo majors como bp, Chevron, ExxonMobil, Shell and TotalEnergies, com lucros expressivos em 2022, em razão da inflação global das commodities de energia (não apenas petróleo).

– Rendeu críticas, aliás, de governos onde as companhias estão sediadas. A Casa Branca de Joe Biden foi nesta linha: com um mercado sob choque, com crise na oferta pós-invasão russa da Ucrânia, o setor preferiu favorecer os acionistas aos aportes para elevar a produção. (Reuters, em inglês).

– As estratégias, em geral, são plurianuais; destinam parte do fluxo de caixa livre para compra das próprias ações, por exemplo. A bp é um caso que já sinaliza a redução do ritmo de recompra, mesmo com os ganhos ainda em alta, mas em um mercado mais estabilizado (FT, em inglês).

Brent. Os preços do petróleo seguem patinando diante do cenário econômico global. Fecharam em queda ontem (11/5), de cerca de 2%, com Brent no mercado futuro na casa dos US$ 75 por barril.

Foz do Amazonas. A Petrobras aguarda autorização do Ibama para realizar a simulação de uma situação de emergência na região. Não é uma excepcionalidade da Foz, e empresa e Ibama vem tratando do assunto desde o ano passado. Entre idas e vindas, uma divergência: técnicos do órgão estão contra essa etapa do projeto: Ibama muda entendimento sobre simulação na Foz do Amazonas.

Fertilizantes em Sergipe. A Unigel reduziu o ritmo da manutenção da planta de fertilizantes de Sergipe, que está com as operações suspensas, enquanto negocia com o mercado supridor uma redução do preço do gás natural. Ainda não chegou a um acordo com a Petrobras. O problema, diz a empresa, é que o gás está caro e o fertilizante, nem tanto: Unigel reduz produção de fertilizantes durante negociação por gás.

Compliance da Vibra apura relação comercial com BBF. Após denúncias contra violações de direitos humanos e territoriais cometidos pela Brasil Biofuels (BBF) no Pará, a Vibra Energia levou a questão ao seu compliance para “determinar as próximas decisões seguindo a política de gestão de riscos da companhia”. A distribuidora é cliente âncora de um projeto de R$ 2 bilhões da BBF.

A Light entrou em recuperação judicial. Dívida de R$ 11 bilhões declarada à Justiça do Rio (UOL). A Light atende 4,3 milhões de clientes em 31 dos 92 municípios do estado. Entenda o que está em jogo na crise financeira da Light.

CCS. A oferta de áreas para estocagem de gás natural e captura de carbono pode ser intermediada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), por meio de leilões. Segundo o diretor Cláudio Jorge de Souza, é uma possibilidade que pode surgir da regulação do mercado (epbr).

Descarbonização da indústria. A CNI defende a diversificação de rotas para produção de hidrogênio de baixo carbono no Brasil, tema que o país vem desenvolvendo com o mercado, em paralelo com a definição de políticas internacionais. A entidade, claro, busca competitividade. A solução mais econômica, dadas as rotas possíveis do país (epbr).

Europa atrás do verde. Os Países Baixos e o governo do Ceará assinaram, nesta quarta (10/5), um acordo para a criação do Corredor de Hidrogênio Verde entre o Porto do Pecém e o Porto de Roterdã. O porto holandês possui 30% de participação acionária no complexo cearense. É a porta de entrada do H2V cearense (epbr).

Com renováveis na geração. E grupo francês de energia Voltalia assinou, nesta quinta (11/5), um memorando de entendimento (MoU) com o governo do Ceará e o Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CIPP) para desenvolver o projeto da empresa que pretende produzir hidrogênio verde e derivados no estado, com foco na exportação para a Europa (epbr).

Aerogerador de 7 MW da WEG. O BNDES aprovou R$ 59 milhões para a WEG desenvolver um novo aerogerador de mais alta potência, o maior do mercado brasileiro. A fabricação em série deve começar no final de 2024. O novo aerogerador da WEG terá potência de 7 MW e diâmetro de rotor das pás de 172 metros (epbr)

Para tudo isso, lítio. Vital para eletrificação, baterias, eólicas e diversas cadeias relacionadas à transição energética, a produção brasileira de lítio movimentou os debates esta semana. “O lítio é uma matéria-prima estratégica e também política”, resume Elaine Santos, pesquisadora do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP. Nos Diálogos da Transição: O que está em jogo na ‘corrida do lítio’?

ONS. Solange Ribeiro, vice-presidente de Regulação, Institucional e Sustentabilidade da Neoenergia, foi eleita presidente do conselho do ONS para o período 2023/2024. Solange é a primeira mulher a ocupar o posto (Agência Brasil)