Petróleo e Gás

Maurício Tolmasquim é eleito primeiro diretor de Transição Energética da Petrobras

Executivo passa a coordenar as atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade

Maurício Tolmasquim é eleito primeiro diretor de Transição Energética da Petrobras. Na imagem: Maurício Tolmasquim, primeiro diretor de Transição Energética da Petrobras (Foto: José Cruz/Agência Senado)
Maurício Tolmasquim, primeiro diretor de Transição Energética da Petrobras (Foto: José Cruz/Agência Senado)

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (26/4) que Maurício Tolmasquim foi eleito pelo Conselho de Administração diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da empresa até 13/04/2025.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, indicou Maurício Tolmasquim para a vaga.

Tolmasquim coordenará as atividades de descarbonização, mudanças climáticas, novas tecnologias e sustentabilidade e incorporará as atividades comerciais de gás natural.

“A sua indicação foi submetida aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da companhia, o que incluiu a apreciação do Comitê de Pessoas e, em seguida, deliberação do Conselho de Administração”, disse a empresa, em nota.

No fim de março, Maurício Tolmasquim assumiu como gerente executivo de Estratégia da Petrobras, área responsável por elaborar os planos plurianuais de investimento e planejamento de longo prazo da companhia. Ele tem participado ativamente dos debates sobre transição energética.

Mestre em Engenharia de Planejamento Energético pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Tolmasquim é professor titular da COPPE/UFRJ.

Foi presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal de planejamento vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), de 2004 a 2016, nos governos Lula e Dilma Rousseff. Também foi secretário executivo de Minas e Energia.

Quem é quem na Petrobras

O Conselho de Administração da Petrobras aprovou também a proposta de ajuste organizacional da Companhia, que passa a valer a partir de 1º de maio.

“A proposta visa a três objetivos: (i) preparar a companhia para a transição energética com a criação de área focada no tema; (ii) reunir as atividades de engenharia, tecnologia e inovação, fortalecendo a área de desenvolvimento de projetos com os esforços de pesquisa e desenvolvimento; e (iii) concentrar atividades corporativas em uma área voltada à gestão da companhia, fortalecendo sinergias entre os processos”, diz outra nota divulgada nesta quarta-feira.

Veja como fica o organograma da empresa:

A diretoria de Desenvolvimento da Produção, ocupada por Carlos José do Nascimento Travassos, será a nova diretoria de Engenharia, Tecnologia e Inovação. Incorpora o Cenpes, centro de P&D da Petrobras.

Refino, Gás e Energia, de William França da Silva, passa a ser a diretoria de Processos Industriais e Produtos. Será responsável pela produção de derivados de petróleo, de gás natural e biocomponentes.

A diretoria de Comercialização e Logística, de Claudio Romeo Schlosser, será a de Logística, Comercialização e Mercados.

A proposta prevê a extinção da diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade. A atual diretora, Clarice Coppetti, que tomou posse no fim do mês passado, será indicada para a diretoria de Gestão Corporativa.

Ficará responsável por gestão de pessoas, saúde, meio ambiente e segurança (SMS) e serviços compartilhados. Assume assim, a estrutura de transformação digital e tecnologia de informação.

Carlos Augusto Barreto segue, portanto, responsável pela área de Transformação Digital, ligada à diretoria de Gestão Corporativa, de Coppeti.

A diretoria Financeira e de Relacionamento com Investidores, de Sergio Caetano Leite, passa a ser responsável também pela gestão de portfólio, área que cuida, entre outros pontos, da venda de ativos da Petrobras.

Ficam mantidas as diretorias de Exploração e Produção, com Joelson Falcão, e de Governança e Conformidade, com Mário Vinícius Claussen Spinelli, também eleito nesta quarta-feira.

Spinelli era diretor de Compliance Regulatório na empresa Protiviti-ICTS desde 2022. É doutor em Administração Pública e Governo pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e Mestre em Administração Pública pela Fundação João Pinheiro (FJP-MG)