Europa discute saídas para crise do gás natural

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Você vai ver aqui: em pauta, o equilíbrio entre oferta e demanda, sem desconsiderar a transição energética e metas climáticas; Rússia quer criar teto para desconto sobre exportações de petróleo; ES Gás será privatizada em março por R$ 1,3 bilhão. E mais:

Um grupo de cerca de 40 países, entre membros e não membros da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês), se reúne esta semana para discutir medidas para fortalecer o abastecimento de gás natural, em meio à crise de energia.

Na pauta do encontro de quarta (15/2) está o debate sobre como melhorar o equilíbrio entre oferta e demanda. Em especial, ações para apoiar a situação do mercado europeu a curto prazo, sem perder de vista a transição energética e as metas climáticas a longo prazo.

— “A IEA está trabalhando com parceiros-chave para desenvolver conselhos práticos de política para fortalecer a segurança energética e aumentar a transparência do mercado”, disse o diretor executivo da IEA, Fatih Birol.

— “Os preços do gás caíram de seus picos históricos, e os níveis de armazenamento na União Europeia aumentaram. Mas a crise ainda não acabou, e é preciso fazer mais, principalmente para se preparar para o próximo inverno”, completou.

O encontro acontece num momento em que os países europeus estudam criar consórcios para aquisição conjunta de gás natural, com o objetivo de conseguir maior poder nas negociações – e, com isso, melhores preços.

— Em resposta à guerra na Ucrânia, a Europa reduziu as compras de gás russo, como retaliação, e aumentou as importações de gás natural liquefeito (GNL) de outros países, como os EUA – mas a um preço mais alto.

— Em 2022, o preço do gás no continente bateu recordes – a referência do TTF holandês chegou a atingir 319,98 euros por MWh em 26 de agosto. Os preços enfraqueceram desde então, mas a situação não está pacificada, e os europeus buscam um gás mais competitivo.

Estoques viram problema A corrida para elevar estoques na segunda metade de 2022 e garantir gás para o inverno levou empresas e governos – compras foram subsidiadas – a adquirir o energético a preços recordes. A demanda esperada não ocorreu, e liquidar esses estoques pode levar a mais prejuízos. Bloomberg

Opep+ não pretende ampliar produção A entidade sinalizou que não aumentará os volumes para compensar o corte de produção de 500 mil barris/dia anunciado pela Rússia para março. As metas, fixadas no final do ano passado, devem ser mantidas até o final de 2023. Para a Opep, elas são adequadas para equilibrar os mercados globais de petróleo, em meio a incertezas sobre a demanda. Bloomberg

Rússia pode limitar desconto para exportações de óleo Além do corte na produção de petróleo, o país pode elevar os preços da commodity, estabelecendo tetos para descontos sobre exportações, limitados a US$ 34 por barril em abril, caindo para US$ 31 em maio, US$ 28 em junho e US$ 25 em julho. Reuters

A disputa pelo mercado de QAV em Guarulhos terá novos capítulos: a proposta para entrada de novas empresas na infraestrutura de abastecimento de aeronaves do maior aeroporto do país descumpre decisão do Cade, do ano passado, segundo o conselheiro Luis Braido, responsável pelo voto que levou à punição da operadora do aeroporto e das distribuidoras instaladas.

• Proposta para concorrência por QAV em Guarulhos descumpre decisão do Cade, diz conselheiro

Gasolina, etanol e diesel caem nas bombas A gasolina comum foi comercializada, em média, a R$ 5,08 o litro na semana passada, recuo de 0,78% sobre os R$ 5,12 da semana anterior, segundo dados da ANP. O etanol passou de R$ 3,82 para R$ 3,80 (-0,52%), enquanto o diesel caiu de 6,29 para R$ 6,23 (-0,95%). g1

O Brent operava em queda de 1,27%, a US$ 85,29 o barril, na manhã desta segunda-feira (13/2). Na sexta (10/2), a referência registrou alta de 2,24%, a US$ 86,39 o barril, pressionado pelo anúncio de corte de produção da Rússia, de 500 mil barris por dia. O Brent fechou a semana passada com ganho de 8,1%. Reuters

ES Gás será privatizada por pelo menos R$ 1,3 bilhão. O edital do leilão da distribuidora de gás natural foi publicado na semana passada e marcou o leilão, na B3, para 31 de março.

— O estado do Espírito Santo possui 51% do capital votante da ES Gás, e a Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) detém os outros 49%.

Recuperação do mercado de etanol depende de clima e decisões políticas Para a consultoria hEDGEpoint Global Markets, o setor dependerá de decisões favoráveis do governo para se reerguer. Com a quebra de safra e o superávit na produção de açúcar em 2022, o mix se manteve mais açucareiro, aumentando preços do etanol nas usinas e nas bombas.

• Opinião Brasil está dez anos atrás do mercado de biocombustíveis nos EUA Integração latina favoreceria o aumento da oferta de combustíveis de fontes renováveis e a transição energética, escreve Erasmo Carlos Battistella

Refinaria de Mataripe produz diesel marítimo A planta começou a oferecer o combustível, destinado a embarcações de pequeno e médio portes, no Terminal Madre de Deus (Temadre). A previsão é produzir 15 milhões de litros de diesel marítimo por mês. Valor

Fux libera estados para cobrar ICMS sobre tarifas de energia Decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em caráter liminar, permitiu que estados voltem a cobrar o imposto sobre as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (Tust) e distribuição (Tusd). O julgamento no plenário virtual foi marcado para 24 de fevereiro a 3 de março.

Aggreko começa a operar gerador para reaproveitamento de gás Contrato em Linhares (ES) é o primeiro do grupo no Brasil a utilizar o combustível, que seria queimado em flare, para gerar energia. O gerador de 1 MW foi contratado por 24 meses e um segundo, de 2,5 MW, foi encomendado. Estadão

Pátria cria plataforma para atuar em GD solar Com investimentos de até US$ 120 milhões do fundo Pátria Infraestrutura IV, a plataforma Élis Energia vai desenvolver e operar projetos de energia solar. A estratégia é fornecer energia para comercializadoras, em contratos de longo prazo.

— A Élis prevê alcançar capacidade instalada, em dois anos, de cerca de 200 megawatt-pico (MWp), com a construção de 35 a 40 usinas solares, em sete estados, do Centro-Oeste e do Nordeste. Valor

Big techs lideraram compra de energia limpa em 2022 Relatório da BloombergNEF mostra que empresas privadas e instituições públicas assinaram contratos de compra de energia (PPAs) que garantiram um recorde de 36,7 GW de energia renovável para suas operações em 2022, aumento de 18% em relação a 2021.

— No topo da lista estão os grupos de tecnologia. A Amazon liderou, com 10,9 GW de PPAs assinados em 2022, seguida por Meta (2,6 GW), Google (1,6 GW) e Microsoft (1,3 GW).

Japão reduz limitações para usinas nucleares Projeto de lei do governo japonês afrouxa a legislação e acaba com a regra que determina vida útil de 60 anos dessas plantas. Ainda prevê a construção de novas termonucleares para substituir as antigas, como parte dos esforços japoneses para reduzir as emissões de carbono. Nikkei Asia

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