Governadores pedem intervenção de Rodrigo Maia no PL do Gás

Governadores pedem intervenção de Rodrigo Maia no PL do Gás
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação de cinco vetos e 15 projetos de lei que abrem créditos orçamentários (PLNs) –
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Os governadores Raimundo Colombo (Santa Catarina), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Ivo Sartori (Rio Grande do Sul) e a vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti, enviaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), um ofício pedindo a intervenção do presidente da Casa para impedir a aprovação de três pontos que fazem parte do substitutivo do Projeto de Lei 6.407/2013, do deputado Marcus Vicente (PP/ES). O texto está atualmente na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

O primeiro ponto que os governadores pedem o veto é a proposta de regulação, pela ANP, do mercado livre de gás. O tema é o mais delicado do projeto, já que hoje a regulação deste mercado cabe aos estados. “Não cabe a ANP regular os critérios para a classificação dos consumidores livres, muito menos de forma concorrente aos estados“, diz o ofício.

A E&P Brasil mostrou na última semana que o governo federal pretende ceder no impasse sobre a regulação do mercado livre de gás natural.  O entendimento atual é que o recuo neste ponto específico pode ser positivo para evitar a paralisação do projeto como um todo.

Também foi requerido que seja reduzido o prazo para a desverticalização da atividade de transporte de gás natural, que pelo projeto vai até 4 de março de 2039, para cinco anos. O governadores pedem ainda que o acesso  aos gasodutos de escoamento da produção seja obrigatório, e não negociado, já que o acesso negociado não funcionou na Lei do Petróleo e também não foi implementado na atual Lei do Gás.

Em dezembro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprovou um requerimento do deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA) para a redistribuição do projeto para análise na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS). Com isso, o projeto terá passar por mais uma comissão.

A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados ainda não tem data marcada para retomar seus trabalhos.

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