Combustíveis e Bioenergia

Rio estuda medidas para estimular indústria naval

Governo do estado conversa com empresas, num momento em que o governo Lula acena para a revitalização do setor

Estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ): para o governo fluminense, transição energética pode trazer novas oportunidades para a indústria naval do estado
Estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (RJ): para o governo fluminense, transição energética pode trazer novas oportunidades para a indústria naval do estado

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Você vai ver aqui: governo fluminense quer evitar que estaleiros do Rio percam encomendas para outros estados; Petrobras reajusta gasolina e desiste de vender a UFN-III; NTS fecha primeiros contratos firmes com clientes privados. E mais:

O secretário estadual de Energia e Economia do Mar do Rio de Janeiro, Hugo Leal, acredita que vantagens fiscais e tributárias e o descomissionamento de plataformas de óleo e gás abrem oportunidades para a indústria naval fluminense.

— O governo do estado tem dialogado com empresas do setor, para entender as demandas. O objetivo é evitar que os estaleiros do Rio percam encomendas para outros estados. Sobretudo num momento em que o governo Lula acena para a revitalização do segmento.

Para Leal, é preciso “falar menos e agir mais” na tentativa de atrair investimentos. E um dos debates necessários é a questão fiscal e tributária.

— “O que eu posso oferecer para poder manter essa indústria naval, em termos de qualificação de mão de obra, ambiente fiscal e tributário, ambiente para impulsionar essa atividade? Por que deixam de fazer um navio aqui para fazer em Pernambuco? Para fazer no Jurong, no Espírito Santo?”, disse Leal, ao epbr entrevista.

Assista na íntegra a entrevista do secretário Hugo Leal à epbr

O secretário ainda destacou que a transição energética pode trazer novas oportunidades. “Para falar de descarbonização, você tem que começar a discutir a questão desse descomissionamento dos navios [de petróleo]… Acho que o descomissionamento vai abrir uma grande avenida de oportunidades de empregos”, comentou.

— A revitalização da indústria naval é uma das promessas de Lula. Ao tomar posse em seu terceiro mandato, o presidente petista reiterou que “não faz sentido importar” plataformas.

— O fomento à indústria naval foi uma marca da Petrobras durante os governos do PT. O setor, contudo, entrou em crise, com o envolvimento de estaleiros em crimes investigados pela operação Lava Jato.

Com atrasos nas entregas e flexibilização da política de conteúdo local, a construção de plataformas migrou, sobretudo, para a Ásia. Isso fez a indústria naval brasileira perder mais de 60 mil empregos desde 2014, quando empregou 82 mil pessoas, segundo o Sinaval.

Gasolina aumenta às vésperas da mudança no comando da Petrobras O aumento nas refinarias da estatal, de 7,4%, entra em vigor nesta quarta (25/1). Enquanto isso, o senador Jean Paul Prates (PT/RN), indicado pelo governo Lula para presidir a companhia, aguarda os trâmites internos para assumir o cargo.

— O conselho de administração da Petrobras se reúne amanhã (26/1) e pode eleger Prates conselheiro. Com isso, também pode nomeá-lo presidente interino da estatal. A aprovação definitiva depende da realização de uma assembleia de acionistas.

— Nessa terça (24/1), o Comitê de Pessoas da companhia referendou a indicação de Prates como presidente, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Prates também foi avaliado pelo Comitê de Elegibilidade (Celeg).

Petrobras desiste de vender unidade de fertilizantes A empresa encerrou o processo para venda integral da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), em Três Lagoas (MS). A construção da UFN-III começou em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%, segundo a empresa.

Senacon promete punir abusos, e postos baixam preços dos combustíveis O titular da Secretaria Nacional do Consumidor, Wadih Damous, afirma que o órgão segue monitorando o mercado e punirá com multa eventuais casos de abuso identificados na investigação preliminar, recém-aberta pela secretaria, sobre aumentos repentinos na virada do ano.

Oferta de etanol no Brasil alcançará 47 bilhões de litros em 2032 É uma taxa de crescimento de 4,1% ao ano, considerando a adição obrigatória de etanol anidro na gasolina, de 27%, e a diferenciação tributária entre os combustíveis. Os dados são do Plano Decenal de Expansão (PDE) 2032, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

NTS fecha primeiros contratos firmes com usuários privados Os acordos foram firmados com a Shell e a Galp. Ambas operaram com contratos na modalidade interruptível em 2022 e passam, agora, a contar com fornecimento firme extraordinário nos próximos 12 meses.

Delegados da Opep+ esperam manter produção de petróleo A entidade fará uma revisão dos níveis de produção em 1º de fevereiro. E a expectativa é que os volumes atuais sejam mantidos pelos ministros, enquanto aguardam mais sinais sobre a recuperação do consumo na China e o impacto das sanções no fornecimento da Rússia. Valor

Noruega fará oferta recorde de blocos exploratórios no Ártico São 92 blocos, sendo 78 no Mar de Barents, no Oceano Glacial Ártico, e 14 no Mar do Norte, perto do círculo polar. “Continuam sendo necessárias novas descobertas para seguir desenvolvendo a plataforma norueguesa”, disse o ministro de Petróleo e Energia, Terje Aasland, em comunicado. AFP

O Brent operava em baixa de 0,31%, a US$ 85,86 o barril, na manhã desta quarta (25/1). Ontem, a referência despencou 2,34%, a US$ 86,13 o barril, com dados econômicos fracos dos EUA afetando o otimismo de investidores pelo aumento da demanda chinesa. Valor

Brasil registra 11 ataques a torres de transmissão desde 8 de janeiro Segundo boletim da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgado nessa terça (24/1), os ataques ocorreram em Rondônia (3), Paraná (4), São Paulo (3) e Mato Grosso (1). O último ocorreu no sábado (21/1). No total, foram quatro torres derrubadas e 16 danificadas. Reuters

Cade aprova joint venture entre Casa dos Ventos e TotalEnergies O negócio é avaliado em R$ 12,6 bilhões. Com o aval, a TotalEnergies passa a deter 34% do segmento de geração de energia da Casa dos Ventos.

Portos, transmissão e regulação são incertezas para eólicas offshore no país, mostra um estudo da Coppe/UFRJ, Abeeólica e a consultoria Essenz. A pesquisa aponta que nenhum porto brasileiro está completamente pronto para a operação plena e imediata na montagem de parques, entre outros pontos.

Europa pode acabar com dependência de baterias da China em 2030 Relatório do grupo Transport & Environment mostra que a UE caminha para se tornar autossuficiente na produção de células de bateria de íon-lítio até 2027. A previsão é que até 2030 cerca de 50% do lítio usado no continente seja produzido localmente. Valor

Tesla planeja expansão de US$ 3,6 bilhões em fábricas nos EUA Os planos de investimento da montadora incluem a expansão de suas plantas de produção de bateria de íon-lítio e instalações de componentes de veículos elétricos (EV). Dow Jones

Captura e armazenamento de carbono A Nippon Steel avalia capturar as emissões de dióxido de carbono de suas siderúrgicas para armazenamento subterrâneo em instalações ligadas à Exxon Mobil em países como Austrália, Malásia e Indonésia. As duas empresas e a Mitsubishi assinarão um memorando de entendimento para discutir o projeto. Nikkei Asia

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