RIO — A SCGás anunciou nesta quinta (22/12) um plano de investimentos de R$ 773 milhões, com foco na expansão da rede de distribuição de gás canalizado em Santa Catarina, entre 2023 e 2027.
Ao todo, o plano plurianual da concessionária prevê ampliar em 583 km a rede de distribuição catarinense, ante os atuais 1.429 km de infraestrutura.
Destaque para projetos como Serra Catarinense e Planalto Norte, para interiorização do gás.
A meta da companhia é conectar mais de 33 mil novos consumidores — um crescimento de cerca de 50% em relação à atual base de clientes.
A expectativa é fornecer para 132 novas indústrias, 33.239 residências, além de 344 novos comércios e 16 postos de GNV.
Com a expansão da rede, a SCGás espera chegar em 2027 com infraestrutura em mais de 80 municípios catarinenses. Atualmente, são atendidos 69 municípios.
Gás mais barato
A Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) anunciou uma redução nas tarifas de gás natural no estado, a partir de janeiro.
O corte reflete a queda nos custos de aquisição do gás pela SCGás.
A redução será de:
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- 10,84% para o segmento industrial
- 7,11% para o residencial
- 8,25% para o comercial
- e 1,96% para o veicular
Em Santa Catarina, as tarifas de gás natural sofrem reajustes ordinários duas vezes ao ano. Os repasses ocorrem em janeiro e julho.
SCGás fecha contrato com novos supridores
A distribuidora celebrou, em outubro, um acordo com a Galp, uma das principais produtoras do pré-sal, para aquisição de 10 mil m3/dia firmes até o fim de 2027.
A SCGás também fechou um contrato com a Tradener, para 630 mil m3/dia na modalidade interruptível. O gás a ser fornecido pela comercializadora é oriundo da Bolívia.
Em março, a Tradener fechou um acordo de dois anos com a YPFB, para compra de até 2,2 milhões de m³/dia na modalidade interruptível.
- Para aprofundar: Brasileiras buscam espaço para importar gás boliviano
- Quem comprou e quem vendeu? O raio-x dos novos atores da abertura do mercado de gás no Brasil
Os dois acordos fazem parte de um esforço da SCGás de tentar diversificar a sua base de supridores — hoje muito dependente da Petrobras, com quem entrou em litígio este ano sobre os preços da molécula.
Além da Tradener, Galp e Petrobras, a SCGás tem contrato, ainda, com a New Fortress Energy, para aquisição de 150 mil m³/dia por cinco anos, a partir da entrada em operação do terminal de GNL de São Francisco do Sul (SC). O projeto, inicialmente previsto para 2022, atrasou e deve entrar em operação em 2023.
