A Gerdau anunciou investimento de até R$ 1,5 bilhão na aquisição de 33,33% da Newave Energia, gerida pela Newave Capital (NW Capital). O negócio prevê também a aquisição de 30% da energia gerada pela Newave Energia para abastecer suas operações em regime de autoprodução.
“A operação visa gerar maior competitividade nos custos de produção de aço, além de abastecer as unidades industriais da Gerdau no país com energia renovável, como parte de seu compromisso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa”, afirmou a empresa em nota.
A Newave Energia está desenvolvendo 2,5 GW de projetos greenfield de geração de energia elétrica a partir de energia solar e eólica. Os novos projetos devem começar a produzir energia a partir de 2025 e 2026.
Também está previsto o investimento em projetos brownfield e em atividades de comercialização de energia elétrica, seja na modalidade varejista, direcional e/ou transações de pré-pagamento.
Gerdau prevê uma redução de cerca de 189 mil tCO²e por ano ou aproximadamente 9,6% das emissões de Escopo 2 da produtora de aço (ano-base 2021).
“Esta nova iniciativa reforça o compromisso da Gerdau de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa nos próximos anos no Brasil e nas Américas, construindo um futuro ainda mais sustentável para todos, também por meio de aportes em energia e renovável”, afirma Juliano Prado, vice-presidente da Gerdau e líder da Gerdau Next.
A Gerdau prentende reduzir suas emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para 0,83 t de CO₂e por tonelada de aço em 2031. Hoje, a empresa emite uma média de 0,90 t de CO₂e por tonelada de aço.
Parceria também com a Shell
Esta não é a primeira investida da Gerdau na produção de renováveis. Em fevereiro, a empresa e a Shell anunciaram a criação de uma joint-venture para construção e operação, a partir de 2023, de um novo parque solar em Minas Gerais (MG), com capacidade instalada prevista de aproximadamente 260MWp (Megawatt pico).
A nova empresa terá participação igualitária das duas envolvidas. A expectativa é que o parque forneça 50% do volume da energia gerada para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, na modalidade de autoprodução.
A outra metade deverá ser negociada no mercado livre por meio da Shell Energy Brasil, a comercializadora de energia da Shell.
A parceria poderá destinar cerca de 1/3 da capacidade total do parque solar. E a Shell seguirá buscando outros clientes de longo prazo, como autoprodutores, para o volume remanescente.