Offshore

Brasil não pode perder a chance de explorar a margem equatorial, diz ministro de Minas e Energia

Adolfo Sachsida participou da cerimônia de assinatura do 5º Fórum Técnico PPSA

Brasil não pode perder a chance de explorar a margem equatorial, diz ministro de Minas e Energia. Na imagem: Adolfo Sachsida, ministro de Minas e Energia, e Eduardo Gerk, diretor-presidente da PPSA, na abertura do 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo (Foto Divulgação)
O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, e o diretor-presidente da PPSA, Eduardo Gerk, na abertura do 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo. Foto: Divulgação

O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, defendeu nesta terça-feira que o Brasil não pode perder a chance de explorar a margem equatorial, faixa do litoral que se estende do Rio Grande do Norte ao Oiapoque (AP).

“Por algum motivo estamos tomando decisões que nos impedem de explorar petróleo… Não podemos perder essa chance”, comentou.

Reveja a cerimônia de assinatura do 5º Fórum Técnico Pré-Sal Petróleo (PPSA), que aconteceu no Rio de Janeiro. Além do ministro Adolfo Sachsida, participa o diretor-presidente da PPSA, Eduardo Gerk.

Petrobras espera licença ainda em 2022

A Petrobras espera iniciar, em dezembro, as perfurações na margem equatorial. A campanha deve marcar a volta das atividades de exploração à região, sete anos após o último poço perfurado no local.

Ao todo, a Petrobras prevê investir cerca de US$ 2 bilhões entre 2022 e 2026 na campanha exploratória da região — que inclui as bacias Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.

O projeto da petroleira ainda está em fase de licenciamento ambiental, um dos principais entraves para o desenvolvimento da nova fronteira.

Guiana chamou atenção

A margem equatorial começou a despertar a atenção das petroleiras internacionais, mais intensamente, a partir do início da década de 2010, após as primeiras descobertas de petróleo na vizinha Guiana Francesa.

A TotalEnergies foi uma das principais empresas a apostar no potencial da região. Em 2013, na 11ª Rodada de concessões da ANP, a petroleira francesa pagou R$ 250 milhões por cinco blocos na Bacia da Foz do Amazonas, mas o projeto da multinacional esbarrou na etapa de licenciamento no Ibama — que negou, em 2018, o pedido de perfuração da TotalEnergies na Bacia Foz do Amazonas.

Com o revés, a multinacional desistiu do negócio e a Petrobras assumiu as fatias da TotalEnergies e da BP, suas sócias, em cinco concessões da Foz do Amazonas.

Um estudo realizado pelo ex-diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em conjunto com o geólogo e consultor Pedro Zalán (ZAG, ex-Petrobras) e Ronaldo Gomes Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra, indicam um potencial do porte de um “novo pré-sal” somente na Bacia do Pará-Maranhão.

Ambientalistas questionam

Ambientalistas, no entanto, questionam a exploração da região, em bacias como a Foz do Amazonas, em função do risco para a biodiversidade única local.