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Petróleo recua às vésperas de embargos à Rússia

Enquanto G7 e União Europeia não chegam a acordo sobre preço-teto, demanda chinesa se deteriora e aumenta incertezas

Petróleo recua às vésperas de embargos à Rússia. Na imagem: perfuração em campo de petróleo (Foto: Rosneft/Divulgação)
Proposta de preço-teto para o petróleo russo está entre US$ 65 e US$ 70, mas há discordâncias - para mais e para menos. A Rússia disse que proibirá as vendas de petróleo a qualquer país que adote a medida (Foto: Rosneft/Divulgação)

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Você vai ver aqui: presa entre os efeitos de uma deterioração da demanda chinesa, ainda sob efeitos da covid-19, e da guerra na Europa, a cotação do óleo despenca em meio a um cenário de altas incertezas com a iminente imposição dos embargos à Rússia. E mais:

Brent próximo de US$ 80 A referência operava em baixa de 3,11%, a US$ 81,03 o barril, nesta manhã. Na sexta (25/11), fechou em queda de 2,69%, a US$ 83,63 o barril, pressionado pela covid na China e pela espera do preço-teto do petróleo russo, que deve ser definido nesta semana.

— Na semana passada, o Brent acumulou queda de 4,55% [Estadão]. Para fevereiro, o Brent foi negociado a US$ 80,86 o barril – o menor valor em três meses.

Demanda chinesa em queda Dados de tráfego demonstram que a mobilidade em importantes cidades chinesas diminuiu acentuadamente na manhã desta segunda (28/11).

— Com isso, a demanda chinesa por petróleo pode ser de 15,11 milhões de barris por dia neste trimestre, em média. Volume inferior aos 15,82 milhões de barris/dia de um ano atrás, de acordo com a Kpler, empresa de dados e análises.

Preço-teto para o petróleo russo Na sexta (28/11), uma reunião de representantes da União Europeia para discutir a proposta do G7 de impor um limite de valor para o óleo da Rússia – previsto para entrar em vigor a partir de quarta (1/12) – foi cancelada. Reuters

— A proposta de preço-teto está entre US$ 65 e US$ 70. Polônia e as nações bálticas se opõem, argumentando que é muito generoso. Nações marítimas, como a Grécia, defendem um valor mais alto. Já a Ucrânia quer que o preço fique entre US$ 30 e US$ 40. A Rússia disse que proibirá as vendas de petróleo a qualquer país que adote a medida. Reuters

— Entretanto, o barril dos Urais, uma das referências da Rússia, caiu para cerca de US$ 52 na quinta (24/11) em dois dos principais terminais de exportação ocidentais russos, mostram dados da Argus Media. Bloomberg

Nesta semana, a Europa começa a bloquear o petróleo russo transportado pelo mar do continente. E também impedirá empresas europeias de fazer seguro de embarcações que transportam óleo da Rússia para outros países – a menos que aceitem o preço-teto.

— Os efeitos das novas restrições são incertos. O fato é que as sanções impostas à Rússia desde o início da guerra da Ucrânia, em 24 de fevereiro, mal afetaram as exportações de petróleo do país ou a receita do petróleo do Kremlin. Financial Times

Petróleo da Venezuela de volta ao mercado Outro efeito sobre o preço do petróleo pode vir da Venezuela. O governo norte-americano permitiu que a Chevron importe petróleo ou derivados que produz no país sul-americano, depois que o presidente Nicolás Maduro e seus opositores disseram que retomaram as negociações políticas. Reuters

— Apesar disso, a decisão deverá afetar pouco a produção mundial no curto prazo. Há problemas técnicos nos campos em que a Chevron é sócia da PDVSA na Venezuela, além das reservas americanas remanescentes das sanções ao governo de Nicolás Maduro, que devem ser alteradas para garantir que mais óleo do país chegue ao mercado global. Estadão

Gasolina tem ligeira queda nas bombas Após seis semanas consecutivas de alta, o valor do litro do combustível caiu 0,2% na semana passada, segundo a ANP, com preço médio de R$ 5,04 – na semana anterior, estava R$ 5,05.

— O diesel S10 se manteve praticamente estável, com ligeiro recuo semanal de 0,1%, a um preço médio de R$ 6,68 o litro. Já o etanol hidratado subiu 0,5%, a R$ 3,86 o litro. Folha

Petrobras nega fazer dívida para pagar dividendos Empresa divulgou comunicado nesse domingo (27/11), em resposta a recentes notícias sobre o pagamento de dividendos. De acordo com o documento, a dívida da companhia está em trajetória decrescente, com redução de US$ 5,3 bilhões no terceiro trimestre em relação a igual período de 2021. Valor

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