A Shell Brasil confirmou nesta segunda (21/11) a decisão de reavaliar o projeto de desenvolvimento da produção de Gato do Mato, descoberta nos blocos exploratórios BM-S-54 e Sul de Gato do Mato, na Bacia de Santos.
A empresa entende que aumentos significativos de custos ao longo do ano passado, aliados a uma contínua incerteza afetam o andamento do projeto. A visão atual é da necessidade de tempo adicional para reavaliar o escopo, desenvolvimento e estratégia de contratação para o campo.
A primeira estratégia montada pela Shell previa a produção do projeto no final do próximo ano.
A decisão foi informada pela BW Offshore mais cedo e foi confirmada pela Shell a partir de nota à imprensa. A BW e Saipem venceram a disputa para a construção da plataforma que será responsável pela produção da área.
“Este tempo nos dará a oportunidade de trabalhar com nossos parceiros para desenvolver Gato do Mato em um projeto mais resiliente, com um caso de investimento claro, com a expectativa de reapresentar o projeto logo após a reavaliação, esperançosamente sob condições de mercado mais favoráveis. Permanecemos comprometidos com o sucesso do projeto e teremos nossas equipes integradas de projeto analisando a reavaliação da Gato do Mato nos próximos 12 – 24 meses”, disse a empresa, em nota.
A Shell está prevendo a instalação de um navio-plataforma do tipo FPSO (floating, production, storage and offloading), com ancoragem spread mooring, em Gato do Mato.
A unidade de produção terá capacidade para 90 mil barris por dia de petróleo e 8,5 milhões de m3 por dia de gás natural e contará com capacidade para armazenar 1,6 milhão de barris de petróleo e deve trabalhar na área por 25 anos.
O projeto de produção prevê 10 poços, sendo quatro produtores, quatro injetores de gás e outros dois poços injetores de água do mar.
A Shell é operadora de Gato do Mato, com 70% de participação, e tem como sócia a Ecopetrol (30%).