Agendas da COP

Demanda por petróleo deve bater novo recorde em 2023

IEA prevê consumo de 101,4 milhões de barris diários no próximo ano, 130 mil bpd a mais que projeção anterior

Demanda por petróleo deve bater novo recorde em 2023. Na imagem: Grande embarcação em alto mar. Plataforma P-74 no campo de Búzios (Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras)
IEA projeta oferta de 100,7 milhões de bpd em 2023. São 100 mil bpd a mais do que o previsto no mês passado, mas 700 mil bpd aquém da demanda esperada (Foto: André Ribeiro/Agência Petrobras)

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Você vai ver aqui: Agência Internacional de Energia prevê consumo de 101,4 milhões de bpd no próximo ano; Lula quer COP30 na Amazônia; energia faz Reino Unido registrar a maior inflação em 41 anos. E mais:

O relatório mensal da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), divulgado nessa terça (15/11), elevou as projeções para a demanda global de petróleo, tanto neste ano como no próximo. Para 2023, há previsão de que o consumo atinja novo recorde.

— Em 2022, a agência acrescentou 170 mil barris por dia à sua previsão. A demanda chegaria a 99,8 milhões de bpd. Já no próximo ano, a expectativa é de um aumento de quase 2% sobre o consumo deste ano, totalizando 101,4 milhões de barris diários – 130 mil bpd a mais do que a projeção anterior. Reuters

— O aumento das projeções ocorre mesmo com a elevação dos preços do petróleo – que, apesar disso, continuam mantendo um comportamento volátil – e as incertezas sobre o crescimento econômico mundial.

Pelo lado da oferta, a agência projeta um volume de 100,7 milhões de bpd em 2023. São 100 mil bpd a mais do que o projetado pela IEA no mês passado, mas ainda 700 mil bpd aquém da demanda esperada.

— A menor oferta é resultado da produção menor de petróleo da Rússia, por causa da proibição, por parte da União Europeia, às importações de óleo russo, que entra em vigor em dezembro. De acordo com a IEA, mais de 1 milhão de bpd de exportações de petróleo russo devem ser derrubados por sanções contra Moscou.

— Em outubro, as exportações de petróleo russo para a UE foram de 1,5 milhão de bpd. Dow Jones

Refinarias chinesas tentam manter compras de óleo russo Petroleiras do país buscam ajuda do governo para manter o fluxo das importações russas, após as novas sanções da União Europeia. As refinarias estatais estão preocupadas com sua capacidade de elaborar os canais de pagamento, logística e seguro. Bloomberg

Brent registrava alta de 0,68%, cotado a US$ 94,50 o barril, na manhã desta quarta (16/11). Ontem, a referência para janeiro fechou o dia também em elevação, de 0,77%, a US$ 93,86 o barril. Dow Jones

Energia faz Reino Unido registrar maior inflação em 41 anos O aumento das contas de energia elevou a inflação do país para 11,1% em outubro. Os preços do gás subiram quase 36,9% no mês, e os da eletricidade, 16,9%. Segundo o  Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, sigla em inglês), a inflação teria sido de 13,8%, se o governo britânico não tivesse introduzido uma garantia de preço de energia que limitasse o aumento. Bloomberg

Extensão de subsídio a GD acirra embate no setor elétrico Projeto de lei do deputado federal Celso Russomanno (Republicanos/SP) que estende por mais 12 meses subsídio à geração própria é visto como mais uma tentativa de ingerência política no setor. Valor

— Pela lei 14.300/22 (marco da mini e microgeração distribuída), o desconto na tarifa pelo uso do sistema de distribuição (Tusd) será concedido a projetos que pedirem conexão à rede até janeiro de 2023.

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40% dos brasileiros acham que combustíveis fósseis são ‘energia limpa’ Estudo publicado nessa terça (15/11) pela Climate Action Against Disinformation foi feito virtualmente, entre 18 e 21 de outubro, em seis países – Brasil, Austrália, EUA, Índia, Alemanha e Reino Unido.

— A taxa brasileira é semelhante à dos EUA (39%) e da Austrália (34%), mas é maior do que a percepção entre os alemães (25%) e britânicos (14%), e menor do que a da Índia (57%). UOL

UE eleva meta de redução de emissões O grupo anunciou, na COP27, que a meta passou de 55% para 57%, em comparação com os níveis de 1990. Ambientalistas chamaram a elevação de “migalhas” e reivindicam uma redução de 65%. Valor

Diálogos da COP 27 | agência epbr cobre a COP27 entre os dias 7 e 18 de novembro, com transmissões ao vivo, de segunda a sexta, às 14h. Vamos receber especialistas em clima e transição energética, agentes do mercado, indústria e sociedade civil, com convidados diretamente do Egito.

Lula quer COP30 na Amazônia O presidente eleito defendeu que a Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2025 seja realizada no Brasil, especificamente na região amazônica. Ele participou, nesta quarta (16/11), de evento do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal na COP27.

— Lula recebeu do governador do Pará, Helder Barbalho, a carta de compromisso por uma agenda comum de transição climática para Amazônia.

— O consórcio, formado pelos nove estados amazônicos, também apresentou o Plano de Recuperação Verde (PRV), com uma série de ações para a recuperação da região, como a redução da dependência em combustíveis fósseis e da emissão de carbono.

Iniciativas estaduais No Brazil Climate Action Hub, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, apresentou o Plano Estadual de Descarbonização e Neutralização de Gases, que será colocado em consulta pública

— O plano capixaba terá  incentivos fiscais para fontes de energia mais limpas, linhas de crédito diferenciado para projetos de descarbonização, políticas de regulamentação e atração de investimentos e estratégias voltadas à descarbonização da economia.

— Já o governo de São Paulo defendeu o fomento ao uso de bioenergia e do etanol de segunda geração. “São essenciais para a transição energética e descarbonização, pois aumentam a oferta de biocombustíveis e reduzem as emissões de carbono”, afirmou o secretário paulista de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fernando Chucre.

Reveja a segunda entrevista da semana nos Diálogos da COP27. O jornalista Gabriel Chiappini, da agência epbr, conversou com Luna Viana (Origem), Luiz Carlos Ciocchi (ONS), Eduardo Kantz (Prumo Logística) e Edmar de Almeida (PUC-Rio e Galp) sobre energia.

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