Renováveis mais baratas desafiam gás na Europa

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Você vai ver aqui: Rystad Energy estima que o peso do gás na matriz elétrica pode cair para 3%; mesmo com déficit do preço da gasolina, Petrobras não vai aumentar preços; distribuidoras de gás do Nordeste preparam chamada conjunta para supridores. E mais:

A geração a gás natural terá dificuldades para se manter competitiva a longo prazo na Europa, aponta a Rystad Energy. A consultoria estima que a participação do gás na matriz elétrica do continente pode cair dos atuais 19% para 3% antes de 2050.

— O cenário vem da combinação entre a alta dos preços do combustível e o declínio dos custos das renováveis, dentre outros fatores. A geração eólica e solar, que hoje responde por 22% da matriz, pode atingir uma fatia de 77% da geração do continente europeu.

— A Rystad mostra que, com os preços recentes do combustível, seria 10 vezes mais caro operar usinas a gás a longo prazo do que construir nova capacidade solar. Embora não se espere que os preços fiquem tão altos, a fonte deve perder competitividade a longo prazo.

— Pelas projeções da consultoria, uma capacidade de 333 GW em energias renováveis poderia ser adicionada até 2028, se os recursos necessários para geração a gás fossem usados para a expansão das novas energias, como eólica e solar. Assim, até lá, a geração renovável conseguiria substituir a geração a gás na Europa.

Inflação recorde. Os preços spot do hub TTF, nos Países Baixos, principal referência para a Europa Ocidental, subiram 187%, de € 46 por MWh, em 2021, na média, para € 134 por MWh, em 2022, no acumulado do ano.

— Em agosto, bateram o pico de  € 330 por MWh, elevando o custo da geração de energia no continente.

Prognóstico. Segundo a Rystad, é improvável que a situação melhore no próximo inverno europeu. A consultoria estima que o TTF se estabilizará em € 31 por MWh até 2030. Para que a fonte continue sendo competitiva, contudo, os preços precisariam cair para € 17 por MWh.

— “O gás continuará a desempenhar papel importante no mix energético europeu por algum tempo, mas, a menos que algo fundamental mude, a economia simples, bem como as preocupações climáticas, farão pender a balança a favor das energias renováveis”, escreveu o chefe de energia da Rystad Energy, Carlos Torres Diaz.

Europa afasta risco de falta de gás natural, por enquanto. O continente inicia o período de queda nas temperaturas com excesso de oferta do combustível, o que derrubou preços e alivia temores de escassez e racionamento no inverno, enquanto se afasta da Rússia como fornecedora de energia. Dow Jones

Defasagem na gasolina dispara O déficit é o maior desde junho, segundo importadores. Mas, em reunião do Conselho de Administração nessa quarta (26/10), a diretoria da Petrobras disse que não há necessidade de aumentos.

— Para a Abicom, o preço da gasolina no país estava R$ 0,63 (16%) abaixo das cotações internacionais nessa quarta – o maior valor desde 15 de junho. Já para o CBIE, a defasagem chegou a R$ 0,69 (17,3%) por litro na terça (25/10).

— No diesel, as defasagens calculadas por Abicom e CBIE são de R$ 0,74 (13%) e de R$ 0,84 (15%) por litro, respectivamente. Mesmo altas, estão menores do que na semana passada.

— O longo período de defasagens – quase um mês, para a Abicom, e seis semanas, para o CBIE – sinaliza que a Petrobras vem cedendo a pressões do governo para segurar os preços dos combustíveis até o segundo turno das eleições, no domingo (30/10). Folha de S. Paulo

• Relembre: Com dividendos e redução da gasolina, Petrobras põe dois pés na corrida eleitoral

O Brent operava em estabilidade nesta manhã, com ligeira alta de 0,04%, a US$ 95,73 o barril. Na quarta (26/10), fechou a sessão em alta de 2,32%, cotado a US$ 95,69 o barril, impulsionado pela desvalorização do dólar e pela queda dos estoques de gasolina dos EUA, o que gerou otimismo em relação à demanda. Valor

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