RIO — Sete fornecedores diferentes apresentaram ofertas à Compagas, para venda de gás natural à distribuidora paranaense a partir de 2023. Ao todo, a concessionária recebeu 15 propostas de suprimento.
Participam da chamada pública tanto produtores de gás nacional quanto importadores de gás boliviano e gás natural liquefeito (GNL). São eles:
- CDGN
- Compass
- Equinor
- Galp
- GasBridge
- Petrobras
- Sobrax
A Compagas analisará as propostas, a partir de agora, para seleção das ofertas com as melhores condições de fornecimento.
A companhia paranaense planeja comprar 70 mil m³/dia de gás, para complementar os contratos vigentes e atender ao mercado cativo a partir de 2023. Para 2024 e 2025, o volume firme é superior a 500 mil m³/dia.
Atualmente, a distribuidora possui contratos com a Petrobras e a comercializadora Tradener. Com a estatal, o volume firme é de cerca de 1 milhão de m³/dia, mas o acordo prevê janelas de oportunidades para contratações futuras com outros supridores entre 2023 e 2025.
Já a Tradener tem um contrato com a Compagas na modalidade interruptível, de até 300 mil m³/dia.
Distribuidora quer reduzir dependência da Petrobras
A busca por novos fornecedores acontece também em meio aos preparativos para a privatização da Compagas. A Copel, controladora da empresa, espera vender as suas ações na distribuidora em 2023. Antes disso, a expectativa é que o contrato de concessão da concessionária seja renovado ainda este ano.
Esta é a terceira chamada pública para aquisição de gás natural lançada pela Compagas nos últimos três anos. As duas primeiras foram realizadas de forma coordenada com as distribuidoras da região Centro-Sul: MSGás (MS). GasBrasiliano (SP), SCGás (SC) e Sulgás (RS).
Em ambos os processos, a Compagas acabou firmando contrato com a Petrobras — único supridor que apresentou condições viáveis de fornecimento para garantir a continuidade da distribuição de gás no Paraná.