BRASÍLIA — A superintendência-geral do Cade aprovou, sem restrições, a compra da Ventos de Santo Antão pela Galp Energia, empreendimento com quatros parques eólicos outorgados (50 MW cada), no Rio Grande do Norte.
O projeto greenfield foi desenvolvido e vendido pela Casa dos Ventos. A Galp passará a deter 100%, com a conclusão da operação.
A aquisição é parte da estratégia de ampliação do portfólio e geração de energia renovável da companhia portuguesa.
A empresa já é um dos principais produtores de energia solar fotovoltaica da Península Ibérica, com uma capacidade instalada em operação de 1,2 GW. A meta é aumentar a sua capacidade de produção de energias renováveis globalmente para 4 GW até 2025 e 12 GW até 2030.
No Brasil, a companhia portuguesa estreou no mercado brasileiro de geração de energias renováveis, em outubro de 2021, por meio de um acordo com a SER Energia para aquisição de 594 MW em projetos solares em desenvolvimento na Bahia e Rio Grande do Norte.
Já em maio de 2022, fechou novo acordo com a SER Energia para aquisição de projetos em desenvolvimento de energia solar fotovoltaica, com uma capacidade máxima total de 4,6 GW pico.
E outro com a Casa dos Ventos para um cluster de 216 MW de parques eólicos em desenvolvimento no Nordeste.
Mercado de gás
Terceira maior produtora de petróleo e gás do Brasil, por meio da Petrogal — sociedade com a chinesa Sinopec — a Galp assinou, no final de setembro, seu terceiro contrato de longo prazo para venda de gás natural no mercado brasileiro.
A petroleira portuguesa, sócia da Petrobras em importantes campos do pré-sal, como Tupi, tem contratos do tipo, de dez anos, com Sergas (SE), Cegás (CE) e, desde setembro, também com a distribuidora capixaba de gás canalizado, a ES Gás.
O contrato com a ES Gás, totaliza 912 milhões de m³ de fornecimento até 2032. Os volumes serão ampliados gradualmente, ao longo do prazo contratual.
O valor total estimado supera R$ 1,9 bilhão. É a primeira vez que a ES Gás terá um outro fornecedor de gás natural além da Petrobras.