Energia

Honda quer aumentar frota de motocicletas eletrificadas até 2025

Marca japonesa deve lançar dez modelos de baixo ou zero carbono. A implementação já teve início em alguns países da Ásia

Honda quer aumentar frota de motocicletas eletrificadas até 2025. Na imagem, motocicletas eletrificadas (Foto: Markus Winkler/Pixabay)
Frota de modelos eletrificados já começou a ser implementada em países da Ásia, como a Tailândia e o Japão (Foto: Markus Winkler/Pixabay)

BRASÍLIA — A fabricante de automóveis e motocicletas Honda anunciou esta semana a seus planos de expansão no mercado de veículos eletrificados. A marca pretende lançar mundialmente dez modelos de motocicletas elétricas até 2025. Implementação da frota já começou em países da Ásia, como a Tailândia e o Japão. 

A meta é alcançar neutralidade de carbono para todos os seus produtos de motocicletas durante a década de 2040.

Além da eletrificação, a Honda quer reduzir a emissão de CO₂ dos motores de combustão interna. Para isso, planeja continuar desenvolvendo modelos compatíveis com combustíveis neutros em carbono. No Brasil, se encontram disponíveis os motores flex (E100), ou seja, 100% etanol.

Na Índia, a empresa busca introduzir o modelo flex (E20), gasolina com 20% de etanol, a partir de 2023. A nação representa um dos principais comércios de motocicletas, mas está entre os países que lideram a liberação de gases do efeito estufa. 

Em 2019, de acordo com o Global Carbon Project 2021, a Índia foi responsável por 7% da propagação de dióxido de carbono. 

Em maio deste ano, Toyota chegou a anunciar a destinação de US$ 624 milhões para impulsionar a produção de automóveis elétricos localmente. A intenção é tornar o país autossuficiente na confecção desses veículos.

Entre as novidades da Honda está o aprimoramento da infraestrutura de recarga, para que as motocicletas elétricas sejam carregadas por meio de um sistema de compartilhamento em grupo. Os novos lançamentos devem ser equipados com baterias sólidas feitas com recursos próprios.

Com a estratégia de eletrificação das motocicletas, a marca prevê o aumento das vendas anuais para 1 milhão de unidades nos próximos cinco anos e para 3,5 milhões de unidades a partir de 2030. Apesar dos avanços tecnológicos na mobilidade eletrificada, a aquisição de veículos elétricos exige incentivos governamentais.

Elétricos e híbridos avançam no Brasil

No Brasil, o segundo maior produtor de etanol do mundo, o mercado de elétricos e híbridos avança. Neste ano, o país atingiu a marca de 100 mil veículos elétricos (incluindo híbridos) em circulação.

No Senado, o PL 403/2022 concede isenção do imposto sobre importação para veículos elétricos e híbridos até 2025. O autor da proposta, senador Irajá (PSD/TO), propõe aumentar a abrangência do benefício concedido pelo Executivo. A matéria tramita na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). 

Recentemente, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou um projeto de lei estadual para incentivar a utilização de veículos elétricos e híbridos. O PL 4.522/2021 também prevê a migração da frota com motor a combustão para motor de propulsão eletrificada em órgãos da administração pública. O texto aguarda a sanção do governador do RJ, Cláudio Castro.

Paralelamente, empresas vão formando parcerias para expandir as redes de carregamento.

No final de agosto, Movida, Nissan, Rede de Postos SIM e a Zletric anunciaram uma parceria para instalar nove pontos com carregadores rápidos, interligando capitais e cidades importantes da Região Sul. 

Batizado de Rota Sul, o projeto vai oferecer soluções de recarga nos postos da Rede SIM, ligando São Paulo (SP) a Punta del Este, no Uruguai.

Vibra, Raízen e Ipiranga também estão investindo na tecnologia. No início de julho, a Vibra (antiga BR Distribuidora) anunciou um plano de negócios para instalar 70 eletropostos até o fim de 2023, sendo 50 deles em rodovias. O objetivo é criar o maior corredor elétrico do Brasil, com quase 9 mil quilômetros de extensão.