RECIFE — A AES Brasil pretende comercializar mais 2,8 milhões de créditos de carbono através dos seus parques eólicos e solares instalados no país. Pela primeira vez, a empresa negociou 465.807 créditos de carbono, oriundos dos empreendimentos Mandacaru e Salinas, que geram eletricidade a partir do vento em Pernambuco.
A comercialização rendeu aproximadamente R$ 12 milhões de receita expressa no terceiro trimestre de 2022.
“Nossa posição estratégica se destaca das demais geradoras por constituir um veículo de crescimento em energia 100% renovável, com investimento contínuo na expansão de nosso parque gerador e no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos inovadores”, afirma Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.
Em junho, a AES Brasil realizou a emissão de R$ 950 milhões de debêntures, inaugurando o prazo de 22 anos para projetos de geração no mercado.
A companhia afirmou estar focada na construção de seus complexos eólicos Tucano (BA) e Cajuína (RN), que somam 1 GW de capacidade instalada e com entrada em operação estimada para os próximos 18 meses.
Com relação ao Complexo Eólico de Tucano, mais de 77% da construção dos 322,4 MW do já foi concluída, com o início das operações dos primeiros aerogeradores já realizados em julho. O ativo estará em definitiva atuação até o final deste ano.
A empresa também anunciou o início da operação comercial dos primeiros quatro aerogeradores do Tucano, onde o faturamento correspondente começou a ser contabilizado a partir de julho de 2022.
Já o Complexo Eólico Cajuína deve entrar em operação em 2023. A primeira fase do complexo conta com 324,5 MW divididos em 55 aerogeradores. A segunda fase terá 370,5 MW de capacidade instalada.
Crescimento de ativos em eólica, solar e hidrelétrica
O volume total de energia bruta gerada pelas usinas hidrelétricas da AES Brasil atingiu 1.800,8 GWh no segundo trimestre de 2022 e 4.476,8 MWh no primeiro semestre de 2022. Os volumes são, respectivamente, 27,2% e 19,2% acima dos observados no ano anterior, Segundo a empresa, os resultados refletem a maior afluência e recuperação dos reservatórios do sistema para níveis acima da média dos últimos dez anos.
Já na geração de energia eólica bruta, a empresa contabilizou 467,1 GWh no segundo trimestre de 2022, em comparação aos 501,0 GWh no segundo trimestre de 2021. De acordo com a AES Brasil, o resultado foi alcançado, principalmente, em função do mix de menor disponibilidade de alguns ativos eólicos e menor velocidade dos ventos no período.
Nos complexos solares, a empresa registrou uma geração bruta de 138,4 GWh no segundo trimestre de 2022, aumento de 0,5% e 7,5% em comparação ao ano anterior, decorrente da maior irradiação entre períodos e da maior disponibilidade média das usinas.