RIO — A New Fortress Energy (NFE) confirmou nesta quinta-feira (4/8) que os novos terminais de gás natural liquefeito (GNL) de Santa Catarina e do Pará entrarão em operação em 2023.
O plano original da companhia era iniciar as operações dos dois ativos no primeiro semestre de 2022.
A expectativa da empresa é que as obras de construção da planta de regaseificação de Baía de Babitonga (SC) sejam concluídas no fim deste ano. De acordo com dados apresentados pela NFE a investidores, as obras estão 90% executadas.
A demora da New Fortress Energy para definir um supridor de GNL para o Terminal de Gás Sul (TGS) tem preocupado grandes consumidores de Santa Catarina — que viam no projeto, originalmente, uma oportunidade de aquisição do gás no mercado livre, mas que estão céticos, agora, quanto à abertura via importação.
Quando assinou contrato com a NFE, a SCGás esperava contar com o gás, inicialmente, a partir de abril, mas as obras do terminal atrasaram. Segundo fontes, tanto a distribuidora estadual de gás canalizado quanto os potenciais consumidores livres temem que o aumento da demanda europeia afaste fornecedores antes interessados em abastecer o novo terminal brasileiro.
Já em Barcarena (PA), a NFE iniciou a construção da termelétrica de 605 MW associada ao terminal. O projeto foi contrato por 25 anos e está indexado ao JKM, referência para o GNL no mercado asiático. A usina está prevista para 2025.
A New Fortress Energy também tem contrato para fornecimento de gás à Alunorte (PA) a partir de 2023 e busca novos clientes industriais na região.
Ao mesmo tempo em que instala uma nova termelétrica no Pará, a NFE vendeu a sua participação de 50% na Centrais Elétricas de Sergipe Participações S.A (Celsepar), para a Eneva. Com o negócio, a New Fortress levantou US$ 550 milhões em receitas.