Petróleo e Gás

Karoon mira soluções baseadas na natureza para compensar plano de expansão em petróleo no Brasil

Empresa espera produzir entre 25 mil e 26 mil barris/dia em 2023 e busca projetos de NBS para mitigar suas emissões

Offshore Week 2022. Convidado: Antônio Guimarães, CEO da Karoon Energy
Divulgação da Offshore Week 2022. Convidado: Antônio Guimarães, CEO da Karoon Energy

RIO — A petroleira australiana Karoon pretende praticamente dobrar a sua produção de petróleo no Brasil em 2023, para entre 25 mil e 26 mil barris/dia. Ao mesmo tempo, a companhia busca projetos de Soluções Baseadas na Natureza (NBS, do inglês nature based solutions) para mitigar suas emissões.

Veja na íntegra a entrevista com o presidente da Karoon no Brasil, Antônio Guimarães, na Offshore Week — evento promovido pela agência epbr — e saiba mais sobre os investimentos em novos projetos offshore da petroleira no Brasil e sobre as perspectivas de aquisição de novos ativos no país.

O foco da companhia em NBS, no curto prazo, está na busca de projetos florestais. As soluções baseadas na natureza são ações para proteger, gerenciar de forma sustentável e restaurar ecossistemas naturais ou modificados.

“Não elimina pensarmos em projetos de combustíveis alternativos, mas não como negócio”, disse.

Ele citou a possibilidade de a companhia, por exemplo, vir a investir em projetos de captura de carbono na indústria sucroalcooleira e que geram etanol como subproduto.

“Mas o foco não é procurar a produção de etanol… Não é procurar um projeto de biocombustíveis para resolver meu problema de carbono”, complementou.

A Karoon aposta no mercado voluntário de carbono. A empresa já comprou créditos equivalentes a 60% das compensações necessárias das emissões de 2022 a 2029.

“Vamos continuar buscando oportunidades de projetos ou geração própria de nossos créditos de carbono, seja por meio de reflorestamento, NBS ou outras alternativas

A petroleira assumiu o compromisso de se tornar, até 2035, uma empresa “net zero” (sem adicionar novas emissões à atmosfera) dentro dos escopos 1 e 2.

A empresa opera, no Brasil, o campo de Baúna, no pós-sal da Bacia de Santos. O ativo produz cerca de 13 mil barris/dia.