É cultura da Petrobras desenvolver fronteiras petrolíferas de alta complexidade geológica, exigentes de desenvolvimento e aplicação das mais arrojadas tecnologias. Desde as pioneiras atividades exploratórias em terra até o pré-sal, a companhia se destacou por criar soluções inovadoras para viabilizar a exploração dessas áreas, contribuindo para fortalecer a indústria nacional, a segurança energética e o crescimento econômico do país.
Agora, a Petrobras tem pela frente uma nova jornada: explorar a região de águas ultraprofundas da Margem Equatorial Brasileira, região que vai desde o Estado do Amapá, passando pelo Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, até o Rio Grande do Norte.
Essa jornada é tão complexa quanto as demais que a Petrobras já experimentou. E é nessa nova fronteira que ganha destaque a região conhecida como Amapá Águas Profundas, no litoral Norte do país junto à fronteira com a Guiana Francesa.
Essa região é considerada promissora pela similaridade geológica com as bacias sedimentares das Guianas e do Suriname, onde outras empresas anunciaram recentes descobertas importantes de petróleo e gás, sendo que as reservas na Guiana já estão em produção comercial através de dois FPSOs operados pela ExxonMobil e mais dois já contratados.
Para aprofundar:
- Petrobras prevê iniciar perfuração na margem equatorial em novembro
- Novo estudo recomenda retomada da exploração na margem equatorial
- Para o Greenpeace, Brasil irá na contramão do mundo se insistir em explorar Margem Equatorial
Diante desse cenário exploratório oportuno, a Petrobras está conduzindo, junto aos órgãos competentes, processo de licenciamento ambiental para perfurar o primeiro poço da região. Batizado de Morpho, este poço está localizado no bloco FZA-M-59, a cerca de 160 km do litoral Norte do Amapá e lâmina d’agua de aproximadamente 2.800 m.
Nessa nova fronteira, vamos aprimorar o caminho que trilhamos no pré-sal, marcado pelo uso de tecnologias inovadoras para operação segura e redução de emissões. Adotaremos as melhores práticas de ESG (conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança), combinando inovação e redução de emissões de carbono.
São tecnologias que aplicam algoritmos de última geração, inteligência artificial baseada em dados e computadores de alto desempenho (HPC), operação remota e monitoramento das atividades de perfuração 24h por dia. Buscaremos uma nova geração de campos de petróleo, que poderão compor o ecossistema de energias do Amapá.
No YouTube: Próximos passos na Margem Equatorial
Licenciamento
Atualmente, o processo de licenciamento da atividade exploratória do bloco FZA-M-59 está na fase de contratação e mobilização de recursos para a execução da avaliação pré-operacional (APO) pelo Ibama, prevista para o último trimestre de 2022. Esta é a última etapa antes emissão da Licença de Operação.
Além das seis concessões na área de Amapá Águas Profundas, a Petrobras detém direitos exploratórios de outras 13 concessões na Margem Equatorial, prevendo perfurar 14 poços nos próximos cinco anos — com investimentos programados de US$ 2 bilhões até 2026.
A Petrobras só pode exercer atividades de exploração após a obtenção do licenciamento ambiental de operação. Ainda estamos na fase exploratória, que consiste na prospecção de reservas de petróleo.
No entanto, se confirmada a existência de petróleo comercial nessas áreas, a fase posterior de desenvolvimento da produção irá se traduzir em mais empregos, arrecadação e desenvolvimento das economias regionais — e, inicialmente, a do Estado do Amapá.
Estamos diante de uma fronteira exploratória promissora, com importante potencial petrolífero a ser desenvolvido. Alinhando tecnologia e experiência, reunimos todas as condições de atuar de forma segura e sustentável, trazendo novos investimentos e oportunidades para o desenvolvimento da região e para o país.
Mário Carminatti é gerente executivo de Exploração da Petrobras