Energia solar

Shell prevê investimento de R$ 7 bi em complexos solares em Minas 

Acordo com governo mineiro prevê estudos para instalação de cinco complexos solares somando 2,1 GW

Na imagem, usina solar Qabas, da Shell em Omã (Foto: Shell/Divulgação)
Se todas as usinas forem construídas, podem gerar, juntas, até 2,1 GW, o suficiente para abastecer uma cidade de dois milhões de habitantes. As obras devem começar a partir de 2023, com previsão do primeiro complexo iniciar operação em 2025 (Foto: Shell/Divulgação)

RECIFE — A Shell Energy Brasil, subsidiária da Shell focada em opções renováveis e sustentáveis de energia, assinou um protocolo de intenções com o Governo de Minas Gerais para investimento de aproximadamente R$ 7 bilhões em energia solar.

O acordo prevê estudos para instalação de cinco complexos solares nas cidades de Corinto, na região Central, no município de Arinos; em Brasilândia de Minas, no Noroeste; além de Janaúba e Várzea da Palma, no Norte do estado.

Se todas as usinas solares forem construídas, os complexos podem gerar, juntos, até 2,1 GW, o suficiente para abastecer uma cidade de dois milhões de habitantes.

As obras devem começar a partir de janeiro de 2023, com previsão do primeiro complexo entrar em operação em janeiro de 2025.

Minas Gerais possui, atualmente, 2,4 GW de potência instalada de geração de energia fotovoltaica, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), somando geração centralizada (730 MW) e geração distribuída (1,68 GW).

Desde novembro de 2021, o governo mineiro isenta o ICMS das operações de importação de equipamentos e componentes para a geração de energia solar e eólica.

Com a construção das novas usinas, o estado se aproximará do dobro da capacidade utilizada atualmente.

Joint venture com a Gerdau

Em fevereiro deste ano, a Shell também anunciou uma joint venture em Minas Gerais, em parceria com a Gerdau. Na época, o  acordo ainda dependia de aprovação das autoridades regulatória e concorrencial brasileira.

Ambas as empresas têm metas de descarbonização e estão investindo em energia limpa como parte da estratégia.

Em 2021, o Grupo Shell firmou publicamente o compromisso global de atingir emissões líquidas zero até 2050, com a meta complementar de redução de emissões absolutas em 50% até 2030 em comparação a 2016.

Para a Gerdau, a iniciativa corrobora para a redução de gases de efeito estufa, dos escopos 1 e 2 de seu inventário, para 0,83 tonelada de CO₂e (CO₂ equivalente) por tonelada de aço, valor 50% inferior à média global do setor, de 1,89 t de CO₂e por tonelada de aço.

A média atual da empresa é de 0,93 t segundo os dados de 2020 divulgados pela World Steel Association.

Projetos solares da Shell no Brasil somam 1 GW

Em novembro do ano passado, a Shell registrou na Aneel pedido de outorga de mais 20 usinas solares fotovoltaicas nos estados de Goiás e Minas Gerais.

Dentre elas, três novas usinas, com 50 MW de potência instalada, no parque Aquarii, em Minas Gerais, passando a ter potência total instalada de 300 MW.

Em maio, a empresa já havia feito pedido de outorga de nove novas usinas solares fotovoltaicas, no município de Corinto (MG), para a instalação do complexo solar Electra, possuindo oito usinas com potência instalada de 48,1 MW e uma com potência instalada de 24,06 MW.

Com isso, a Shell soma atualmente mais de 60 pedidos de instalação de usinas solares fotovoltaicas no Brasil, que representam 3 GW de potência instalada, em Minas, Goiás e Paraíba.