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O conselho de administração da Petrobras se reúne nesta quarta-feira (25/5) para discutir a convocação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que deve eleger Caio Paes de Andrade como conselheiro — e seja, assim, efetivado na presidência da petroleira. A expectativa é que a AGE seja realizada no fim de junho, já que é necessário um prazo de 30 dias, no mínimo, entre sua convocação e sua realização. Até a AGE, Coelho permanecerá à frente da estatal.
— A reunião do CA da Petrobras já estava marcada, mas a pauta do encontro passou por ajustes de última hora para incluir o debate sobre o pedido do governo para troca no comando da empresa. O Globo
- Que poder, de fato, Bolsonaro tem para mudar preços da Petrobras? A agência epbr analisa a legislação e posicionamento dos órgãos de controle para tentar esclarecer um dos debates mais quentes da corrida eleitoral
— Em reuniões internas do governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dito a auxiliares que novas altas dos combustíveis o farão “perder a reeleição” e que não quer novos reajustes no diesel, gasolina e gás de cozinha até a eleição, em outubro, de acordo com informações do blog da Ana Flor, do g1.
— Entre assessores políticos de Bolsonaro, a solução para os preços nos combustíveis, agora, está nas mãos do ministro da Economia, Paulo Guedes, informa o blog da Andréia Sadi, no g1. Uma das ideias em discussão no governo é conseguir alargar o espaço entre os reajustes dos preços nas refinarias – e garantir, por exemplo, um intervalo de 100 dias ou mais entre eles.
— Guedes, disse, na terça-feira (24/5), que cabe ao presidente e à diretoria da Petrobras tratar do preço dos combustíveis. Perguntado se a reação do mercado à demissão do presidente da estatal, José Mauro Coelho, seria equivocada, o ministro respondeu: “Certamente”. g1
— Na corrida eleitoral, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de votos, disse que Bolsonaro tem “rabo preso” para mudar a política de preços da Petrobras. g1
— Segundo o Valor, a nova mudança no comando da Petrobras aumentou ainda mais a percepção de risco em relação à política de preços da companhia. As ações ordinárias da Petrobras fecharam a sessão de terça-feira (24/5) com queda de 2,85%, cotadas a R$ 34,40, enquanto as preferenciais fecharam o dia com recuo de 2,92%, a R$ 31,60.
— Sob ataques de Bolsonaro, a Petrobras é, hoje, perante a opinião pública, a principal responsável pela inflação dos combustíveis, de acordo com pesquisa do Ipespe, O presidente da República, no entanto, segue pressionado. E por uma de suas principais categorias de apoio: os caminhoneiros.
— Em vídeo divulgado na segunda-feira (23/5), Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) e um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, cobrou uma atitude de Bolsonaro em relação aos sucessivos aumentos.
— “A categoria já está parando por não ter condições de rodar, a classe pobre não tem condições de comer. Chame a responsabilidade, porque senão esse país vai estar parado, e a responsabilidade é sua”, disse Landim.
— Em um aceno à categoria, Bolsonaro editou, em 17 de maio, a Medida Provisória 1.117/22, alterando a tabela do frete pago a transportadores de carga. Com a mudança, o frete será revisto se o valor do diesel oscilar a partir de 5%. Caminhoneiros disseram que, na prática, a MP não muda nada, já que a tabela de frente dificilmente é respeitada.
— De acordo com a Reuters, Bolsonaro demitiu Coelho da Petrobras depois que a empresa se recusou a vender combustíveis com desconto e alertou o governo sobre os riscos de escassez de diesel que a medida traria. A estatal comunicou ao governo que o terceiro trimestre será o mais suscetível ao problema.
Bolsonaro questiona papel da Petrobras no corte de gás da Bolívia Além das críticas à estatal pelos reajustes dos preços dos combustíveis, o presidente da República também questionou a forma como a Petrobras lidou com o corte das importações de gás natural da Bolívia — que reduziu o envio ao Brasil para destinar parte do gás à Argentina.
— “A Bolívia cortou 30% do nosso gás [natural] para entregar para a Argentina. Como agiu a Petrobras nessa questão também?”, disse o presidente a apoiadores, na segunda-feira (23/5). “É um negócio que parece, né, orquestrado para exatamente favorecer vocês sabem quem”, completou.
— A Argentina, de Alberto Fernández, e a Bolívia, presidida por Luís Arce, ligado ao ex-presidente Evo Morales, têm governos alinhados ao ex-presidente Lula, do PT, principal oponente de Bolsonaro nas eleições deste ano.
— Bolsonaro afirmou que a necessidade de substituir o energético boliviano deixará o gás mais caro no mercado brasileiro. “Quem vai pagar a conta? E quem vai ser o responsável?”, questionou, antes de concordar com a resposta “Bolsonaro”.
— A Petrobras esclareceu, na terça-feira (24/5) que a estatal boliviana YPFB comunicou, em abril, o corte unilateral das exportações ao Brasil, em volumes da ordem de 4 milhões de m3/dia a partir de maio. A petroleira brasileira informou, ainda, que “deu ciência às instâncias governamentais cabíveis, bem como informou as medidas adotadas para assegurar o fornecimento aos seus clientes”, sem detalhar, porém, que “instâncias governamentais” foram essas.
- Bolívia não vê “complô socialista” em corte de gás ao Brasil Ministro de Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Franklin Molina, diz que o país busca o “melhor preço para o seu gás natural”
Votação do projeto que altera ICMS de energia e combustíveis é adiada Não houve consenso na Câmara sobre o texto do projeto de lei (PLP) 18/2022, do deputado federal Danilo Forte (União/CE). O PLP classifica combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações como serviços essenciais, com alíquota de ICMS de 17%. A expectativa é que a votação ocorra nesta quarta (25/5).
- O que pensam os pré-candidatos do Rio sobre Petrobras e ICMS, e sobre papel do setor de óleo e gás para a recuperação econômica do Rio
Moro vira réu em ação contra prejuízos da Lava-Jato… Na ação, apresentada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília, os deputados petistas Rui Falcão, Erika Kokay, Natalia Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta pedem que o ex-juiz Sérgio Moro seja condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados prejuízos causados à Petrobras por sua atuação na operação. Não foi definido na petição inicial o valor da indenização que o ex-juiz deverá pagar caso seja condenado.
— Os deputados alegam que Moro teve “condutas atentatórias ao patrimônio público e à moralidade administrativa, as quais tiveram severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática e institucional”.
— Em resposta, Moro chamou a ação de “risível” e disse que “a inversão de valores é completa” e que o PT quer “culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista”. g1
… E STJ anula condenações da Lava-Jato impostas por Moro em 2017 aos ex-executivos da Petrobras Demarco Jorge Epifânio e Luís Carlos da Silva e aos empresários Fernando Schahin e Milton Schahin, do Grupo Schahin. Por quatro votos a um, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu que a 13ª Vara Federal de Curitiba não era competente para analisar os processos — que agora serão encaminhados à Justiça Eleitoral. Valor
Petróleo fechou o dia com leve queda na terça-feira (24/5), em mais uma sessão volátil, diante dos temores sobre uma desaceleração econômica global. A reabertura de dezenas de cidades chinesas ajudou a compensar as preocupações. O Brent para agosto caiu apenas 0,08%, a US$ 110,69 por barril, enquanto o WTI para julho recuou 0,47%, a US$ 109,77 por barril. Valor
EUA anunciam venda adicional de petróleo País ofertará até 40,1 milhões de barris das reservas estratégicas, informou o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano. É parte da estratégia anunciada pelo presidente Joe Biden, em março, para tentar atenuar os impactos da redução de oferta russa, com a guerra na Ucrânia. Estadão
Shell conclui venda de subsidiária na Rússia A Shell Neft LLC, que reúne negócios de varejo e lubrificantes da petroleira naquele país, foi vendida para a Lukoil, uma das maiores petroleiras da Rússia. O valor do negócio não foi revelado. De acordo com a Shell, todos os trabalhadores da Shell Neft — mais de 350 pessoas — vão permanecer empregados.
— O negócio faz parte do processo de encerramento das atividades da Shell na Rússia. Além da petroleira anglo-holandesa, a britânica bp e a norueguesa Equinor anunciaram sua saída da Rússia, em retaliação à invasão da Ucrânia.
Aneel adia reajuste tarifário da Cemig por 15 dias Segundo a agência, o adiamento, feito em comum acordo com distribuidora mineira, foi motivado pela necessidade de se abater R$ 1,264 bilhão em créditos tributários das tarifas; e pela perspectiva do aporte inicial de R$ 5 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) até o fim de julho, com a privatização da Eletrobras. Os recursos da CDE poderão ser usados para aliviar as tarifas de energia elétrica. O Globo
O consumo nacional de energia subiu 1,9% na primeira quinzena de maio em relação a igual período de 2021, de acordo com levantamento preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O crescimento foi impulsionado por uma maior demanda do mercado regulado, cujo consumo subiu 2,5% no comparativo anual. Já no ambiente livre, a demanda subiu 0,9%. Reuters
Energia elétrica segura IPCA-15 de maio A deflação de 14,09% da energia elétrica, provocada pelo fim da bandeira escassez hídrica e adoção da bandeira verde a partir de 16 de abril, ajudou a segurar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) em 0,59% em maio, ante os 1,73% de abril. Sem o impacto favorável da energia, o índice teria sido de 1,28%.
— Ainda assim, foi o maior resultado do IPCA-15 para o mês de maio desde 2016, quando o índice ficou em 0,86%. Valor
- Mercado brasileiro de carbono: análises e perspectivas em um ambiente de insegurança jurídica e regulatória, por Luan Santos, pós-doutor em Economia do Clima e do Meio Ambiente (Universität Graz, Áustria) e professor da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (Facc) e da Coppe/UFRJ
Novas rotas para o SAF A crescente demanda por combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, na sigla em inglês) deve levar a um esgotamento das matérias-primas tradicionais e alavancar o desenvolvimento de novas rotas de produção, disse o diretor de Tecnologia da Honeywell, Andrea Bozzano.
— A Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata, em inglês) aponta para um salto na demanda global por SAF — de 100 milhões de litros anuais, em 2021, para 5 bilhões de litros, em 2025. Até 2050, 60% do combustível de aviação produzido na Europa deve ser de fontes renováveis.
— “A questão é: como chegaremos lá? A gordura residual e o óleo de cozinha usado não serão suficientes. Precisamos olhar para diferentes matérias-primas e tecnologias que nos levem até lá”, explicou Bozzano.
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