A chegada de 2018 deve marcar também o início do processo de abertura da Bacia de Santos e do pré-sal brasileiro. A Petrobras continuará sendo a maior e principal operadora da região, mas a partir do novo ano operadoras privadas, brasileiras e estrangeiras, estreiam em exploração e também em produção na região.
A Bacia ganhará neste ano oito novos FPSOs, sete em áreas da Petrobras e um no campo de Atlanta, operado pela Queiroz Galvão E&P. Todas as plataformas vão acrescentar mais de 1,1 milhão de barris por dia de capacidade instalada na bacia. Para se ter uma ideia, a Bacia de Santos produziu em novembro, último dado disponibilizado pela Agência Nacional do Petróleo, exatamente 1,1 milhão de barris de petróleo por dia.
Veja abaixo os fatos que devem marcar a abertura da Bacia de Santos em 2018:
1 – Novos operadores no pré-sal
A ANP pretende assinar até 31 de janeiro os contratos de partilha da produção das áreas arrematadas nos 2o e 3o leilões do pré-sal, realizados em 27 de outubro do ano passado. Com a assinatura, além da Petrobras, Shell e Statoil passam a operar novas áreas do pré-sal brasileiro. CNOOC, QPI, BP, Total, Repsol Sinopec, ExxonMobil e Petrogal também participam dos novos projetos como sócias.
2 – Estrangeiras voltam a perfurar
Statoil e Total, que compraram da Petrobras participação nos projetos de Carcará e Lapa, respectivamente, pretendem fazer poços nas áreas durante 2018. Será o retorno da perfuração privada no pré-sal de Santos depois de seis anos, quando a ExxonMobil perfurou o poço 3-ESSO-5-SPS, na área do bloco BM-S-11, concluído em janeiro de 2011 e que resultou produtor subcomercial.
3 – Primeiro FPSO de um projeto 100% privado
A Queiroz Galvao E&P pretende instalar ainda no primeiro trimestre do ano o FPSO Petrojarl I, afretado com a Teekay Offshore, no campo de Atlanta, na Bacia de Santos. A unidade, que deixou recentemente o Estaleiro na Noruega, será o primeiro em um projeto 100% privado na região.
O campo de Altanta é operado pela QGEP com 30% de participação. A empresa tem como sócias a Barra Energia (30%) e a Dommo Energia (40%).O primeiro óleo do FPSO é esperado para o primeiro trimestre de 2018 e é alvo de uma disputa societária no projeto.
4- Karoon define este ano sobre projeto de produção
A direção da Karoon define em junho deste ano se fará ou não o investimento para a instalação de uma unidade para o desenvolvimento da produção descoberta de Echidna, projeto de óleo leve em águas rasas da Bacia de Santos. A empresa está elaborando o FEED do projeto, que contemplará um FPSO afretado e dois poços de produção e um de injeção. A expectativa é que o pico de produção seja de 28 mil barris por dia, sendo 14 mil barris por dia em cada poço.
5 – Leilão de áreas de concessão
A 15a rodada da ANP, que vai acontecer no dia 29 de março, vai ofertar nove blocos exploratórios em águas profundas da Bacia de Santos sob o regime de concessão. É a primeira vez que áreas de concessão em águas profundas de Santos são ofertadas desde a 7a rodada da ANP, realizada em 2005.