A Petrobras informou nesta quinta (27/1) que cancelou, em conjunto com a Novonor (antiga Odebrecht), a oferta pública de distribuição secundária de ações de titularidade de ambas, que seria realizada no Brasil e no exterior.
A decisão foi tomada “em decorrência da instabilidade das condições do mercado de capitais, que resultaram, neste momento, em níveis de demanda e preço não apropriados para a conclusão da transação”, diz a empresa.
O acordo para liquidação das ações na Braskem permanece em vigor. Em dezembro de 2021, no acordo firmado, a Petrobras e a Novonor manifestam o interesse de, após a migração para o Novo Mercado, realizarem a venda de suas respectivas participações societárias remanescentes (ações ordinárias) na Braskem.
- “Esta operação está alinhada à gestão do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia”, declarou a empresa.
A Petrobras garante que os atos necessários para a realização da oferta pública de ações estarão sujeitos à aprovação dos órgãos internos da estatal, “notadamente quanto ao preço e percentual efetivo das ações a serem ofertadas, bem como à análise e à aprovação dos respectivos órgãos reguladores, nos termos da legislação aplicável”.
O conglomerado Novonor (com 50,1% das ações com direito a voto) retomou a venda do controle acionário da Braskem em abril, mas até agora não encontrou comprador.
Em agosto, a Petrobras (detentora de 47% das ações votantes) contratou o JPMorgan como assessor para vender sua participação na petroquímica.
Os outros 2,9% restantes estão distribuídos entre investidores donos de ações da empresa na B3.
A Petrobras, nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis, afirma que manterá seus acionistas e o mercado em geral informados acerca de evoluções pertinentes à negociação.
Atingida pela operação Lava Jato, a Braskem homologou um acordo de leniência com a Justiça em 2016, se comprometendo a pagar multa de cerca de US$ 960 milhões (aproximadamente R$ 3,1 bilhões).