No acumulado de 2021 até a segunda quinzena de novembro, o volume de emissão de créditos de descarbonização do RenovaBio (CBIOs) alcançou 28,33 milhões de títulos, superando em 13,7% a meta estabelecida para as distribuidoras em 2021, segundo relatório do Itaú BBA.
Desse total, 17,7 milhões foram aposentados. A maior parte, 10,5 milhões de títulos, foi aposentada na segunda quinzena de novembro.
Já o número de CBIOs disponíveis no último dia de novembro era de 14,5 milhões de títulos — 58% estão nas distribuidoras, 40% nas produtoras e 2% com partes não obrigadas.
Ainda de acordo com o levantamento do Itaú BBA, o volume de CBIOs negociado na 2ª quinzena de novembro foi de 2,56 milhões de títulos, uma redução de 7,6% frente à primeira quinzena.
O preço médio das negociações no período registrou máxima anual de R$ 49,13 por título, superando em 35% o preço médio de 2021 até então, de R$ 36,53.
Para 2022, a meta atual definida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) é de 36 milhões de títulos, devendo chegar a 90,7 milhões de CBIOs em 2030. Esses valores são revisados anualmente.
O que são os CBIOSs, os créditos de descarbonização do RenovaBio?
Os CBIOs são a parte material da Política Nacional de Biocombustíveis — Renovabio, criada por lei em 2017 e regulamentada em 2019.
O RenovaBio define metas de descarbonização para distribuidores de combustíveis líquidos derivados de petróleo, e busca incentivar a produção de biocombustíveis, como etanol e biodiesel.
Para cumprir suas metas, distribuidoras de combustíveis precisam adquirir CBIOs que, por sua vez, são gerados pelos produtores de biocombustíveis certificados para emissão.
Cada CBIOs equivale a 1 tonelada de CO2 que deixou de ser emitida na produção de biocombustíveis.