Bolsonaro diz que Petrobras vai aumentar combustíveis em 20 dias e quer usar dividendos para subsidiar diesel

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, em Roma, que a Petrobras vai anunciar um novo reajuste no preço dos combustíveis em 20 dias. “A Petrobras anuncia, isso eu sei extraoficialmente, novo reajuste em 20 dias”, destacou a CNN Brasil e outros veículos de imprensa. 

– Novamente, Bolsonaro criticou os reajustes promovidos pela empresa: “Isso não pode acontecer. A gente não aguenta, porque o preço do combustível está atrelado à inflação”. Também reclamou de governos anteriores, como o de Michel Temer, quando teve início a política de Preço de Paridade de Importação (PPI).

— Se queixou, ainda, que os governos petistas não concluíram a construção de três refinarias no país – as Premium I e II, no Maranhão e no Ceará, e o Comperj, no Rio de Janeiro. Segundo ele, se apenas uma delas tivesse sido concluída, o preço do combustível seria mais baixo no país.

— Também disse que estuda usar dividendos da Petrobras para reduzir preço do diesel. “No tocante aos rendimentos que a Petrobras dá ao governo federal, não me interessa esses recursos. Tenho conversado com Paulo Guedes. Nós queremos que isso seja revertido diretamente em diminuição do preço do diesel na ponta da linha.”

— “A prioridade é o preço do combustível. Eu vi muito rapidamente, não quero falar agora, o lucro da Petrobras. A Petrobras é em parte estatal e monopolista. A política não deve ser essa”, disse. 

— Em nota, a Petrobras disse que “ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”. A empresa reiterou “seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.

— Em 26 de outubro, a Petrobras elevou os preços dos combustíveis entregues às distribuidoras. O diesel A subiu 9,15%, e a gasolina A, 7,05%.

— Na semana de 24 a 30 de outubro, a pesquisa de preços da ANP mostrou que a gasolina superou a marca de R$ 7 em mais sete estados. Já são 15 estados com preços médios da gasolina comum acima de R$ 7, apontam os dados da agência. 

— A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo administrativo depois que o presidente declarou que pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, um estudo sobre a privatização da Petrobras. 

E os preços do petróleo fecharam em alta nesta segunda (1/11), com as expectativas de forte demanda e a crença de que um importante grupo de produtores não abrirá as torneiras rapidamente ajudando a reverter as perdas iniciais, causadas pela liberação de reservas de combustível pelo maior consumidor energia do mundo, a China.

— Os futuros do Brent fecharam em alta de 0,99 dólar, ou 1,1%, para 84,71 dólares o barril. O WTI ganhou 0,84 dólar, ou 0,6%, para 84,05 dólares. Reuters

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COP26. Acabando com o mistério de qual seria o esforço do Brasil apresentado na Conferência do Clima COP26, o ministro do meio ambiente, Joaquim Leite, anunciou uma nova meta climática para o Brasil, passando de 43% para 50% a redução de emissões de gases de efeito estufa até 2030, com base no volume de emissões de 2005.

— A nova contribuição nacionalmente determinada (NDC) à ONU, também estabelece que o país deverá atingir neutralidade de carbono até 2050.

— Governo também anunciou um compromisso para diminuição do desmatamento ilegal — justamente um dos principais pontos de crítica internacional em relação ao governo Bolsonaro. O país é visto como permissivo com o setor agrícola, até mesmo por setores do agronegócio.

— E divulgou o objetivo de alcançar participação entre 45% e 50% de energias renováveis na matriz energética em 2030.

— Segundo a projeção do Plano Decenal de Energia (PDE) 2030, aprovado em 25 de fevereiro, a participação das renováveis na matriz pode variar de 48% a 50% entre 2021 e 2030.

Na primeira live da série Estratégia ESG de Olho na COP26, realizada nesta segunda (1/11), o deputado federal Marcelo Ramos (PL/AM) afirmou que espera um acordo entre os parlamentares para aprovar até a próxima semana o projeto de lei que cria o mercado regulador de carbono no país. 

— Ramos afirmou ter recebido uma nova minuta do texto, mas que ainda irá propor ajustes.

— Reveja o programa no Youtube da agência epbr

Hidrogênio Verde em Minas Gerais.  A Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ) anunciou que o projeto piloto para produção de Hidrogênio Verde (H2V) no Brasil, divulgado na semana passada, será construído na Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em Minas Gerais.

— O Cluster hidrogênio verde é parte do plano de investimentos do governo alemão H2 Brasil que destinará 34 milhões de euros, nos próximos dois anos, para o desenvolvimento de projetos de H2V no Brasil.

Gás Natural. A PetroRecôncavo anunciou que encerrou as negociações com a Cegás para o suprimento de gás natural a partir de 2022. É a segunda empresa, depois da Shell, a sair das negociações com a distribuidora de gás natural do estado do Ceará.

— Além da Shell e PetroRecôncavo, a Compass Gas e Energia, do Grupo Cosan, também foi a vencedora da chamada pública.

— A PetroRecôncavo, a partir da sua subsidiária Potiguar E&P, também venceu as chamadas públicas da Potigás e PBGás, que respondem pelo fornecimento de gás natural nos estados do Rio Grande do Norte e Paraíba, respectivamente.

Setembro tem maior consumo elétrico da série histórica O mês de setembro registrou aumento de 3,4% de consumo elétrico em relação a igual mês de 2020, e também foi recorde no consumo para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2004. Os dados são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

— O recorde foi observado tanto no consumo de energia elétrica da classe comercial (7.278 GWh) como no consumo da classe residencial (12,6 mil GWh). Já o consumo da indústria, que também apresentou alta na comparação com setembro do ano passado, registrou o maior consumo para setembro desde 2014 (14,8 mil GWh).

— O consumo acumulado nos últimos 12 meses totalizou 498,6 mil GWh, o que representa uma expansão de 5,5% na comparação com igual período anterior. 

— Segundo a EPE, o crescimento residencial foi puxado pelo clima mais quente e seco em boa parte do país. Já o aumento na classe comercial tem grande influência da recuperação do setor de serviços, em decorrência do avanço da vacinação e do aumento da mobilidade urbana. CNN Brasil

 

Brasileiros pagariam mais por energia renovável, diz pesquisa Pesquisa Exame/Ideia aponta que 78% dos brasileiros estariam dispostos a pagar mais pela energia se ela fosse renovável. Considerando as fontes, 46% se mostraram dispostos a usar energia eólica; 11%, solar; 3%, biomassa.

— Quanto aos combustíveis, 87% se mostraram dispostos a investir em fontes menos poluentes, como o etanol e carros elétricos.

— Também avaliando o conhecimento da população sobre a COP26, o levantamento mostrou que 46% dos entrevistados ouviram falar sobre a conferência do clima. E 78% concordam que o aquecimento global é uma ameaça à humanidade.

— 40% acham que a solução para reduzir o aquecimento global vem da população, ou seja, de atitudes individuais. O governo federal aparece em segundo, com 30%, seguido das empresas, com 11%.

— 65% dos entrevistados disseram economizar água e energia elétrica como medida que adota para preservar o meio ambiente. Em segundo lugar veio evitar o desperdício de alimentos, com 59%. A preferência por combustíveis menos poluentes ficou apenas em sexto lugar, com 14%.

— A pesquisa ouviu 1.269 pessoas entre os dias 25 e 28 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares.

 

Qair conclui montagem eólica de projeto híbrido A Qair Brasil concluiu a montagem da última torre do projeto Serra do Mato, em Trairi (CE), que conta com 29 turbinas, totalizando 121,8 MW de potência. Trata-se de um complexo híbrido. A parte solar, de 101 MW, deve ser concluída em 2022.

— O Complexo Eólico Serra do Mato é uma expansão do Complexo Eólico Serrote (205 MW), na mesma cidade. Juntas, as usinas somam 78 torres concluídas. 

— As máquinas foram construídas em parceria com a fabricante Vestas, que contemplará ainda outros 160 MW em projetos, a serem instalados no Complexo Eólico Afonso Bezerra, nos municípios de Macau e Afonso Bezerra, no Rio Grande do Norte.

— A Qair também vai construir no Ceará um complexo solar com as usinas Bom Jardim I e III, de 48,1 MW cada, no município de Icó, que entram em operação até 1º de janeiro de 2026. São os primeiros parques da empresa no Brasil negociados em mercado regulado. Canal Energia

 

Angra 2 voltará a produzir somente em 7 de novembro Os técnicos da Eletronuclear já identificaram as causas da falha no gerador elétrico principal de Angra 2 e iniciaram os reparos necessários para o retorno da unidade ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A previsão é que a usina seja reconectada no próximo domingo, dia 7.

— Na sexta (29/10), ocorreu o desarme do conjunto turbogerador, interrompendo a geração elétrica de Angra 2. O desarme foi provocado pela atuação automática de um circuito de proteção do gerador elétrico principal. 

— O reator de Angra 2 permanecerá desligado até que a unidade esteja pronta para retornar. O evento não apresentou qualquer risco à segurança da usina, aos trabalhadores da empresa, à população ou ao meio ambiente, segundo a Eletronuclear.

 

Um ano depois do apagão no Amapá, multas ainda não foram pagas Na próxima quarta (3/11), o apagão que durou 20 dias no Amapá completa um ano, mas até hoje os responsáveis não pagaram as multas de R$ 9,3 milhões aplicadas pela Aneel, informa o Poder 360. 

— Em fevereiro, a Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade da agência multou a Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE) em R$ 3,6 milhões – 3,54% da receita operacional líquida (ROL) da concessionária. A LMTE recorreu da multa, mas na última quinta (28/10) a Aneel negou o recurso. A empresa terá que pagar o valor em até 20 dias depois do despacho da decisão.

— Em maio, a Aneel também multou o Operador Nacional do Sistema (ONS) pelo apagão. A penalidade de R$5,7 milhões, no entanto, não foi paga porque o operador também recorreu. O recurso ainda está em análise pela agência reguladora. 

— Além desses processos, há um processo em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo é apurar as responsabilidades dos entes governamentais: o Ministério de Minas e Energia, a Empresa de Pesquisa Energética, o ONS e a Aneel.

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