COMECE SEU DIA
APRESENTADA POR
Contato da redação
epbr@eixos.com.br
em jogo
Por razões geopolíticas e estratégicas, é recomendável a retomada da exploração da margem equatorial brasileira, notadamente na Bacia do Pará-Maranhão (PAMA), desta vez concentrada em águas profundas e ultraprofundas.
— Na eventualidade da descoberta de um campo com 400 milhões de barris, seu aproveitamento poderia gerar, em 30 anos, R$ 14 bilhões de renda, o equivalente a 12% do PIB do Pará e a 20% do PIB do Maranhão, em valores atuais.
— As indicações fazem parte da Nota Técnica “Estudos sobre impactos do início da atividade petrolífera no Arco Norte Brasileiro”, elaborada por Luís Eduardo Duque Dutra, professor da UFRJ e ex-assessor da diretoria e ex-chefe de gabinete da diretoria geral da ANP, e Ronaldo Gomes Carmona, professor de geopolítica da Escola Superior de Guerra (ESG).
— Na nota técnica, os autores apontam que “existem fortes indícios de que ocorra no litoral do Pará e Maranhão, o sucesso observado na Guiana e, do outro lado, em Gana, em razão do que os geólogos denominam de espelhamento de oportunidades geológicas em ambas as margens equatoriais do oceano Atlântico”.
— Além disso, “a transição energética em curso tem duração incerta, razão pela qual nenhum ator relevante – seja de planejamento energético de agências e Estados, seja das Big Oils –, trabalha com um cenário de ruptura com perda da importância do petróleo e de seu valor de mercado num horizonte de décadas”. Ou seja, mesmo com a transição, o petróleo não irá perder tão cedo seu papel no desenvolvimento energético global.
— Os autores ainda apontam a necessidade de reposição das reservas de petróleo como uma questão crítica para a política energética brasileira e o projeto de desenvolvimento nacional. E que a atividade petrolífera na região vai adensar conhecimento à área estratégica do território brasileiro.
— Os especialistas calculam que o custo de uma campanha exploratória com alguma chance de sucesso na margem equatorial pode ser estimado em cerca de US$ 450 milhões. “O programa ocupa os três primeiros anos após a aquisição do direito de lavra e, tendo em vista a tese do espelhamento, a única hipótese heroica do exercício é a descoberta ocorrer neste curto período inicial”.
— “A partir de 400 milhões de barris recuperáveis, é possível obter uma taxa interna de retorno (TIR) de 15% (ou muito próxima disso) e um valor presente líquido (VPL) de US$ 650 milhões. O prazo de retorno é de 14 anos depois da compra dos direitos de lavra”, diz a nota técnica.
— Carmona é um dos autores do trabalho “Um Novo Pré-Sal no Arco Norte do Território Brasileiro?”, publicado em janeiro deste ano, que indicou a possibilidade de existência de 20 bilhões a 30 bilhões de barris de óleo em recursos prospectivos recuperáveis riscados, um potencial do porte de um “novo pré-sal” na PAMA. Além dele, assinam a NT o ex-diretor da ANP, Allan Kardec Duailibe, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), e o geólogo e consultor Pedro Zalán (ZAG, ex-Petrobras).
PUBLICIDADE
Apoio logístico A Wilson Sons firmou contrato com a TotalEnergies EP Brasil para dar suporte logístico à campanha de perfuração da petroleira no bloco C-M-541, na Bacia de Campos. O projeto será atendido pela Base Rio, de apoio offshore da companhia, localizada na região portuária do Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara.
— O contrato tem duração de 20 meses e contempla a gestão da operação portuária, recebimento e armazenamento de cargas, além de serviços ambientais como limpeza de tanques e gerenciamento de resíduos.
— A Base Rio possui cinco berços de atracação, ampla infraestrutura de armazenagem, água potável, planta de fluidos, galpões para armazenagem de produtos químicos e resíduos e completa estrutura de escritório administrativo. Além da Base Rio, a Wilson Sons possui um segundo porto privado (TUP) em Niterói, com três berços de atracação.
— A TotalEnergies é operadora do C-M-541, com 40% de participação, e tem como sócias QP Brasil (40%) e Petronas Petroleo Brasil (20%).
A Justiça Federal no Rio de Janeiro determinou que a Petrobras regularize a contratação de escritórios de advocacia estrangeiros. A ordem é para que a estatal comece a exigir das bancas a inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
— A liminar é assinada pela juíza Maria Amelia Senos de Carvalho, da 23.ª Vara Federal do Rio, e vale para todas as contratações efetivadas e programadas, com ou sem licitação.
— A decisão foi tomada em um processo movido pelo Diretório Nacional da OAB. A entidade de classe instaurou um procedimento administrativo com o intuito de fiscalizar contratos firmados pela Petrobras para receber consultoria em direito estrangeiro e diz ter encontrado irregularidades no cadastro das bancas. Estadão
Autoridades brasileiras estão investigando se o JPMorgan Chase & Co teve participação em um suposto esquema de propina e lavagem de dinheiro que data de 2011 e envolveu a Petrobras.
— A polícia concentrou sua atenção nas compras de cerca de 300 mil barris de óleo combustível da Petrobras pelo JPMorgan em 2011, de acordo com documentos judiciais e fontes, que solicitaram anonimato à Reuters.
— Os documentos incluem e-mails entre supostos co-conspiradores, depoimentos de testemunhas e registros bancários. As autoridades estão trabalhando para determinar se a suposta propina continuou nos anos subsequentes, acrescentaram as fontes.
— A Polícia Federal está trabalhando para determinar se o JPMorgan comprou o combustível da Petrobras a preços artificialmente baixos, encaminhando os pagamentos de propina aos funcionários da mesa de operações da empresa por meio de uma rede de intermediários.
— A Petrobras disse em um e-mail que tem “tolerância zero em relação a fraude e corrupção”. A empresa acrescentou que tem auxiliado amplamente as autoridades brasileiras em várias investigações relacionadas à corrupção.
— Nenhuma acusação foi feita na investigação do JPMorgan, e ainda não está claro se haverá alguma.
Petróleo sobe mais de 2% Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão dessa quarta (22/9) com ganhos acentuados, impulsionados pelo declínio semanal da oferta da commodity nos EUA e após a decisão do Fed de manter a taxa de juros americana inalterada, conforme esperado.
— Os contratos para novembro do Brent terminaram o dia em alta de 2,46%, a US$ 76,19 o barril, enquanto o WTI subiu 2,47%, cotado a US$ 72,23 por barril. Valor
Em mais uma rodada do Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE) realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as distribuidoras negociaram 160,9 MW médios com agentes do mercado livre para o período de outubro a dezembro de 2021.
— O certame contou com oito ofertas de venda e 2.560 propostas de compra. O destaque foi o submercado Sudeste/Centro-Oeste, no qual foram negociados 92 MW médios em energia especial, valorados ao PLD + spread marginal de R$ 0,10/MWh, e 2,90 MW médios na modalidade convencional, ao preço de PLD + spread marginal de – R$ 3,90/MWh.
— Em julho, a CCEE realizou uma rodada extraordinária que comercializou 675,1 MW médios para 2022. Considerando todas as operações com produtos para 2021 neste ano e em 2020, a organização registrou transações de 1.538 MW médios anualizados.
Tombamento do Lago de Furnas A abertura do Processo de Tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto foi realizado nessa quarta (22/9) em Capitólio (MG). O termo de inscrição dos lagos no processo de tombamento foi assinado pelo presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), Felipe Pires. G1
— O objetivo é garantir o monitoramento do uso múltiplo dos reservatórios e a manutenção das cotas mínimas de 762 metros acima do mar para Furnas, e 663 metros para a Represa Mascarenhas, mais conhecida como Lago do Peixoto.
— No ano passado, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou proposta de emenda à constituição que instituiu o tombamento dos lagos como patrimônios imateriais do estado.
— A emenda, no entanto, é questionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), distribuída à ministra Cármen Lúcia. Na ação, o governo argumenta que a competência sobre o uso da água é federal, com implicações na regulação do setor de energia.
— Recentemente, a ministra Cármen Lúcia deferiu o ingresso do governo de Minas Gerais como amicus curiae na Adin.
Crise hídrica e PIB A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia reconheceu nessa quarta (22/9) que a crise hídrica e a pandemia de Covid-19 representam riscos para a atividade brasileira, mas disse que a ausência de piora desses fatores justifica projeção de crescimento acima de 2% em 2022.
— Na contramão do otimismo da SPE, várias instituições financeiras importantes têm revisado para baixo suas expectativas para o crescimento do PIB do Brasil no ano que vem, com algumas prevendo expansão inferior a 1% em meio aos riscos representados pela escassez nos reservatórios de água, pressão inflacionária e juros mais altos.
— Para a SPE, as estimativas mais pessimistas esperam queda significativa do PIB em algum trimestre em 2022 ou uma nova recessão no próximo ano, “fatos esses difíceis de justificar com base no cenário fiscal atual e na ausência de uma crise hídrica ou de uma piora na pandemia”. Reuters
Gostou? Compartilhe no WhatsApp!
Mudanças na Ultrapar e na Ipiranga A Ultrapar informou ao mercado mudanças no comando da companhia e também na distribuidora de combustíveis Ipiranga, controlada pela holding.
— Atual conselheiro da Ultrapar, Marcos Marinho Lutz será o diretor Presidente da companhia de janeiro de 2022 a abril de 2023. Faz parte do processo de preparação do executivo para suceder o atual presidente do Conselho de Administração da Ultrapar, Pedro Wongtschowski, cujo mandato se encerrará em abril de 2023.
— Lutz iniciou sua carreira no Grupo Ultra em 1994 como trainee e permaneceu até 2003, tendo chegado à presidência da Ultracargo. Também foi CEO da Cosan de 2009 a 2020.
— O CA também elegeu Frederico Pinheiro Fleury Curado, atual diretor Presidente, para a vice-presidência do conselho a partir de janeiro de 2022. Ele irá suceder Lúcio de Castro Andrade Filho, que se aposentará ao final de 2021.
— Outra decisão do conselho foi eleger Leonardo Remião Linden como novo presidente da Ipiranga, e Marcelo Pereira Malta de Araújo como diretor Executivo Corporativo e de Participações da Ultrapar. Ambas serão efetivadas em outubro de 2021.
— Ainda no processo de sucessão na Ipiranga, John Shojiro Suzuki, atual diretor de Planejamento e Controle, deixará a empresa e será sucedido por Cristiane Silva Leite. Ela, que atualmente é diretora de Riscos, Compliance e Auditoria Interna da Ultrapar, será sucedida por Fernanda Teves de Souza, atual gerente de Compliance da companhia.
Por e-mail, você recebe também a agenda pública das autoridades do setor de energia
[sc name=”newsletter” ]