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O Grupo Equatorial Energia, do setor elétrico, vai expandir sua atuação para o setor de saneamento básico. O consórcio liderado pela empresa venceu o leilão do serviço de água e esgoto do Amapá, realizado na semana passada (2/9).
O grupo apresentou proposta com um deságio de 20% em relação à tarifa de referência, além de R$ 930 milhões em outorga, valor 1.760% acima do mínimo estipulado pelo edital.
O consórcio é formado pela Equatorial Participações e Investimentos, com participação de 80%, e a Sam Ambiental Engenharia, detentora dos 20% restantes.
Segundo Augusto Miranda, CEO da Equatorial, somando a outorga, os investimentos serão de quase R$ 4,7 bilhões.
“Com isso, vamos conseguir gerar em torno de 45 mil empregos diretos, e isso vai representar muito para a economia e vai melhorar a vida da população amapaense”, afirmou.
A empresa iniciará as operações em julho de 2022, e terá o compromisso de promover o abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto para 738 mil habitantes nas áreas urbanas de todos os 16 municípios do Amapá durante os 35 anos da concessão.
Entre as metas, estão a universalização do serviço e garantia, nos primeiros 11 anos, ao abastecimento de água a 99% das pessoas e à rede de esgotamento sanitário para 68% das pessoas.
Atualmente, pouco mais de um terço da população tem acesso à agua tratada e somente 7% dispõem de esgotamento sanitário.
O grupo concessionário também precisará cumprir indicadores de desempenho, qualidade e eficiência na prestação dos serviços, além de reduzir as perdas de água abaixo do limite de 30%. Hoje, o desperdício é superior a 60% da água produzida.
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Concessões modeladas pelo BNDES
A concessão foi modelada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e foi a maior do setor já realizado na região Norte.
“O Amapá vive um dia de conquista. Conquista de dignidade, desenvolvimento econômico, social e ambiental. Dignidade que vem com garantia de acesso a água e esgoto para quem não sabe o que é isso. Essa é a primeira concessão plena de saneamento no território brasileiro, e também a primeira concessão de saneamento em toda a região norte. É garantia de acesso a água e esgoto a quase um milhão de brasileiros”, disse Gustavo Montezano, presidente do banco.
Até o fim de 2021, o BNDES estrutura projetos para saneamento básico em pelo menos outros sete estados brasileiros, com investimentos previstos na ordem de R$ 63 bilhões, que beneficiarão diretamente mais de 44 milhões de brasileiros.
Em abril deste ano, o banco capitaneou o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) — o maior leilão de saneamento da história do Brasil — que arrecadou R$ 22,6 bilhões ao conceder três blocos à iniciativa privada, dois deles vencidos pela Aegea (R$ 15,4 bi) e um pela Iguá (7,2 bi).
No ano passado, o BNDES trabalhou na concessão dos serviços de abastecimento de água e esgoto da Região Metropolitana de Maceió (AL) e de Cariacica (ES).
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