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A Amazon anunciou na semana passada o lançamento de uma iniciativa que contribua na geração de renda para três mil agricultores familiares do Pará e na recuperação de 20 mil hectares de floresta nativa na Amazônia, nos próximo três anos.
O projeto será executado em parceria com a The Nature Conservancy (TNC).
Segundo a companhia, poderão ser removidos cerca de dez milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera até 2050.
A inciativa é parte da estratégia da empresa para alcançar o compromisso de ser neutra em carbono até 2040 — dez anos antes do Acordo de Paris.
“Restaurar as florestas do mundo é uma das ações mais significativas que podemos tomar agora para lidar com a mudança climática e exigirá soluções inovadoras para ter sucesso”, disse Kara Hurst, vice-presidente de sustentabilidade mundial da Amazon.
A ideia do projeto é recuperar pastagens degradadas pela produção extensiva de gado, e restaurar florestas nativas, implementando sistemas agroflorestais, que proporcionarão aos agricultores uma fonte sustentável de renda por meio da venda de cacau e outras atividades.
“A Amazon espera contribuir com nossa paixão pela inovação, juntamente com apoio financeiro para melhorar a subsistência das comunidades locais no Brasil, ao mesmo tempo em que ajuda a proteger o planeta para as gerações futuras ”, disse Hurst.
Segundo Jennifer Morris, CEO da The Nature Conservancy, o Pará abriga 9% da floresta tropical do mundo, mas está enfrentando taxas de desmatamento sem precedentes.
No ano passada, a região perdeu cerca de 3.300 acres todos os dias, calcula a executiva.
E nos últimos 13 anos, foram justamente as pequenas propriedades no Pará as responsáveis por uma média de 40% do desmatamento do estado, diz.
“Esta nova parceria com a Amazon nos permitirá fornecer os recursos e assistência técnica necessários para o avanço deste programa e demonstrar que a agrofloresta regenerativa e os mercados de carbono são modelos de negócios viáveis para as comunidades na Amazônia”, explica Morris.
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Proteção de florestas tropicais
O projeto se soma ao LEAF (Lowering Emissions by Accelerating Forest Finance), fundo que irá mobilizar pelo menos US$ 1 bilhão para proteger as florestas tropicais do mundo, incluindo a Amazônia.
O fundo também conta a participação da Amazon e outras empresas privadas, além dos governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Noruega.
“Precisamos unir forças para alcançar o que pode ser a meta do século: desenvolver nossas economias e salvaguardar a renda das pessoas, ao mesmo tempo preservando e restaurando a floresta”, disse Helder Barbalho, governador do Pará.
Ele conta que o estado se prepara para ser livre de carbono até 2036, por meio da redução do desmatamento e da promoção da restauração florestal.
“Investimentos, como o da Amazon, em agrossilvicultura sustentável e reflorestamento no Pará são muito bem-vindos. Esta iniciativa irá beneficiar significativamente a comunidade do estado, os recursos naturais e a biodiversidade”, conclui o governador.
Com o Fundo Amazônia – que possui R$ 2,9 bilhões destinados exclusivamente à floresta amazônica — paralisado há dois anos, após a divulgação de dados sobre o aumento da devastação na floresta em 2019, o Pará, assim como outros estados vêm buscando alternativas de captação de recursos para proteção da floresta, a despeito das políticas ambientais do governo federal.
Atualmente, o Pará trabalha na estruturação do Fundo da Amazônia Oriental (FAO), que pretende captar recursos financeiros privados e de países, para ampliar os investimentos em meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico da região.
O Fundo é uma das ferramentas do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), política de Estado instituída pelo governador Helder Barbalho em agosto do ano passado.
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