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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, divulgou vídeo nas redes sociais pedindo que os caminhoneiros suspendam os protestos pelo país, que podem trazer “desabastecimento, impactando os mais pobres e prejudicando a população”. Garantiu que o áudio circulado na noite desta quarta (8/9) é do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As paralisações saíram do papel depois dos discursos inflamados de Bolsonaro nas manifestações de 7 de setembro.
— “Esse áudio é real, é de hoje (quarta-feira de noite), e mostra a preocupação do presidente com a paralisação dos caminhoneiros. Essa paralisação ia agravar efeitos da economia, da inflação, que ia impactar os mais pobres, os mais vulneráveis. Nós já temos hoje um efeito nos preços dos produtos, em função da pandemia. A inflação hoje tem uma componente internacional. E uma paralisação vai trazer desabastecimento, vai acabar impactando os mais pobres”, comentou o ministro.
E o que pediu Bolsonaro?
— “Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios aí atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação, prejudica todo mundo, em especial os mais pobres. Então dá um toque nos caras aí [para], se for possível liberar, tá ok? Para gente seguir a normalidade.
— Deixa com a gente em Brasília aqui e agora… Não é fácil negociar, conversar por aqui com outras autoridades – não é fácil –, mas a gente vai fazer a nossa parte, vamos buscar uma solução para isso, tá ok?”
Na manhã desta quinta (9/9), o Ministério da Infraestrutura divulgou Boletim informando que, com base em dados da Polícia Federal, às 8h eram registrados pontos de concentração em rodovias federais de 15 estados, com 10% de redução de ocorrência desde o último boletim da madrugada.
— São estes: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, Pernambuco e Pará.
O apelo do presidente pode ter surtido efeito com os caminhoneiros. Ainda de acordo com o Minfra, não há mais pontos de interdição de pistas na malha rodoviária federal, salvo protesto pela causa indígena na BR-174, em Roraima.
Corredores logísticos essenciais liberados pela PRF para o livre trânsito de caminhões abertos agora pela manhã:
- BR-040/Minas Gerais
- BR-116/Rio de Janeiro (Dutra/Barra Mansa)
- BR-040/Rio de Janeiro (Reduc)
- BR-101/Espírito Santo
- BR-376/Paraná
- BR-153/Goiás (Anápolis)
O foragido Marcos Antônio Pereira Gomes, que é caminhoneiro bolsonarista apelidado de Zé Trovão, publicou um vídeo nessa quarta chamando o fechamento de “todas as bases brasileiras” até o Congresso Nacional aprovar o impeachment de todos os ministros do STF.
— Ele defende publicamente um golpe militar “com Bolsonaro no poder”. Tem uma ordem de prisão aprovada por Alexandre de Moraes a pedido da PGR.
Do Valor/Folha, paralisações atingem 14 estados e já afetam a distribuição de combustíveis.
No Estadão, o presidente da frente dos caminhoneiros, deputado Nereu Crispim (PSL/RS), pediu ação urgente da PRF e o fim dos bloqueios.
Em O Globo, o dono de uma das empresas que mobilizou caminhões para os atos em Brasília é um dos diretores da Aprosoja, entidade alvo do inquérito no STF contra o financiamento dos atos. Trata-se de José Fava Neto, de Goiás.
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Ida faz petróleo se recuperar. Os preços do petróleo se recuperaram nessa quarta (8/9) em um mercado mais preocupado com as consequências mais duradouras do que o previsto do furacão Ida sobre as instalações petrolíferas do que com a pandemia do coronavírus.
— O barril do Brent para entrega em novembro fechou em alta de 1,26%, a 72,60 dólares, enquanto o WTI para outubro subiu 1,38%, a 69,30 dólares. AFP
— Os estragos causados pelo Ida à infraestrutura offshore dos EUA foram os mais dispendiosos em 16 anos, de acordo com os últimos dados e registros históricos. Reuters
Gás Natural. Em uma investida contra a renovação antecipada do contrato de concessão da Comgás, proposta pelo governo de João Dória (PSDB), em São Paulo, a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Seae) do Ministério da Economia fez duras críticas à regulação do mercado de gás no estado.
- “Os impactos não se restringem aos elos da cadeia produtiva de petróleo e gás, como também se transmitem à economia como um todo, por se refletir na concorrência e competitividade do mercado de gás”, argumenta o governo federal.
Adicionalmente, quer o fim da concessão atual da Comgás e a promoção de um leilão para contratação do novo contrato de distribuição do maior mercado brasileiro de distribuição de gás natural.
- “Devido aos impactos ocasionados pelos investimentos apontados, esta Seae recomenda a realização de licitação, ao invés de prorrogação da vigência do contrato de concessão bem como exclusão de todo o conteúdo disposto na minuta do 7º Termo Aditivo ao Contrato de Concessão n° CSPE 01/99 que ampare o by-pass do transporte ao permitir a conexão direta dos dutos da rede de Serviço Local de Gás Canalizado a fontes de suprimento e desconsidere a prorrogação da vigência do contrato de concessão”, diz a nota técnica enviada nesta terça (31) à Arsesp.
Ao todo, a consulta pública recebeu dezenas de contribuições. O prazo foi encerrado em 31 de agosto. Veja a lista no site da Arsesp e a nota técnica da Economia.
- Essas informações foram antecipadas na semana passada aos leitores do político epbr, serviço exclusivo de cobertura do mercado de energia para empresas.
Em epbr, o diretor de Estratégia e Mercado da Abegás, Marcelo Mendonça, defende que a renovação do contrato de concessão da Comgás é um passo gigantesco para a universalização, que é sinal de demanda para estimular o mercado de gás natural.
Adrianno Lorenzon, gerente de Gás Natural na Abrace, alerta que os consumidores estão incomodados e preocupados com a perspectiva de obrigação de investimentos que serão realizados pela concessionária, mas com risco alocado ao mercado consumidor.
Reservatórios chegam a nível mínimo. Com o agravamento da crise hídrica, alguns reservatórios já estão chegando no nível mínimo para a geração elétrica. Os sistemas do Sudeste e Centro-Oeste têm a situação mais crítica, e operam hoje com o volume médio de 20% da capacidade.
— Furnas, um dos reservatórios mais importantes do país, está com a situação crítica, registrando apenas 16,38% de volume.
— Ainda no Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, os reservatórios que registram os menores índices, entre 10% a 11%, são Marimbondo, Ilha Solteira, Nova Ponte, Emborcação e Itumbiara.
— O Subsistema Sul registra o segundo menor índice, que atua com a capacidade de 25,88%. CNN Brasil
Energia solar. A Voltalia iniciou a construção das usinas Solar Serra do Mel 1 (SSM 1) e Solar Serra do Mel 2 (SSM 2), que, juntas, somam 320 MW e estão instaladas entre os municípios de Areia Branca e Serra do Mel, no Rio Grande do Norte. Os projetos fazem parte do Cluster Serra Branca, o maior complexo eólico e solar no mundo, que possui capacidade total de 2,4 GW.
— A previsão é que o comissionamento ocorra durante o primeiro semestre de 2022.
— “As duas fontes de energia são complementares, uma vez que a produção eólica ocorre, predominantemente, durante a noite. Com isso, pretendemos aproveitar essa sinergia das fontes, além do compartilhamento da mesma estrutura de escoamento de energia, para desenvolver projetos mais competitivos e rentáveis para o mercado”, afirma Robert Klein, CEO da Voltalia no Brasil.
Incentivo investigado. O juiz Raimundo Rodrigues Santana, da 5ª Vara da Fazenda Pública e Tutelas Coletivas do Pará, intimou o governo do estado e a mineradora Norsk Hydro a provarem que estão sendo cumpridas contrapartidas pela qual a empresa teria recebido cerca de R$7,5 bilhões em incentivos fiscais.
— A ação é da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama). Alega que a empresa teria recebido os incentivos fiscais e se comprometido em converter a matriz energética da indústria para gás natural, o que segundo a ação, a Hydro não teria cumprido até então.
— A Cainquiama pede à Justiça que sejam cassados os incentivos e a empresa seja obrigada a devolver o dinheiro, além de ser multada por danos morais coletivos, ou cumprir a obrigação instalando gás natural para diminuir a poluição na região. G1
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