O petróleo fechou em alta de mais de 2% nesta segunda-feira (29/12) à medida que investidores ponderam notícias desencontradas sobre um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e acompanham a tensão entre os EUA e a Venezuela.
O Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 2,07% (US$ 1,25), a US$ 61,49 o barril, enquanto o petróleo WTI para fevereiro, negociado na Nymex, fechou em alta de 2,36% (US$ 2,06), a US$ 58,08 o barril.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alegou desconhecimento sobre a informação russa de que a Ucrânia teria tentado atacar a residência do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O presidente disse que teve uma conversa produtiva com Putin mais cedo, em meio a uma nova rodada de esforços para um acordo sobre a guerra na Ucrânia. Mas o dirigente americano afirmou que há algumas questões espinhosas com Putin.
Os comentários antecederam sua reunião com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nesta segunda-feira.
O Kremlin informou hoje que Kiev tentou atacar a residência presidencial russa, reascendendo o clima hostil no Leste Europeu.
Anteriormente, em coletiva de imprensa após o encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, Trump destacou que o acordo poderia ser alcançado “nas próximas semanas”.
Para a Ritterbusch, a falta de um avanço para um acordo cessar-fogo impulsionou a nova alta do petróleo, “que pode levar o WTI de volta ao patamar de US$ 60 na próxima semana”.
A empresa diz que um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia, ainda indefinido, deve manter um prêmio de risco de cerca de US$ 3 por barril no preço do petróleo.
Também na esteira de conflitos geopolíticos, analistas da Nanhua Futures acrescentam que a commodity recebe o suporte pela escalada nas tensões entre Trump e o líder venezuelano, Nicolás Maduro.
Segundo eles, dados da S&P mostram uma queda no tráfego de petroleiros para o território venezuelano.
Hoje, o mercado aguardava a divulgação do relatório semanal do Departamento de Energia (DoE) dos EUA sobre estoques de petróleo, mas a publicação foi adiada.
Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires
