O petróleo fechou em alta pela quinta sessão consecutiva nesta terça-feira (23/12), em meio as persistentes tensões geopolíticas globais, mesmo com a liquidez reduzida antes do feriado de Natal.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março avançou 0,47% (US$ 0,29), a US$ 61,87 o barril, enquanto o petróleo WTI para fevereiro, negociado na Nymex, fechou em alta de 0,64% (US$ 0,37), a US$ 58,38 o barril.
Na noite de ontem(22), o presidente dos EUA, Donald Trump, voltou a falar da Venezuela, afirmando que os petroleiros apreendidos na costa do país latino-americano poderiam servir para criar “reservas estratégicas” americanas.
Segundo o Comando Sul dos EUA (Southcom), o exército matou hoje um suposto traficante de drogas durante mais uma operação contra uma embarcação “discreta” que navegava por rotas conhecidas do tráfico no oceano Pacífico oriental.
A apreensão pelos EUA de petroleiros ligados à Venezuela reintroduziu a segurança energética e o risco de sanções na mentalidade do mercado nos últimos dias, diz Ahmad Assiri, estrategista de pesquisa da Pepperstone.
Já a Ritterbusch observa a questão entre Rússia e Ucrânia — com a possibilidade de mais sanções dos EUA e ataques à infraestrutura russa — como uma consideração maior para os preços da commodity.
“A quarentena de Trump sobre petroleiros entrando e saindo da Venezuela tem ocupado as manchetes da mídia recentemente, mas a quantidade de interrupção de petróleo no mercado global permanece pequena em nossa opinião”, ressalta a empresa.
O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Ryabkov, informou que Moscou e Washington têm discutido a temática venezuelana no âmbito de contatos de trabalho específicos, levantando preocupações russas sobre as ações dos EUA na região.
Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires
