Ministro aponta hidrogênio verde como solução para segurança energética

Bento Albuquerque participou nesta quinta (12) do lançamento do programa mineiro de incentivo ao H2V Minas de Hidrogênio

Ministro aponta hidrogênio verde como solução para segurança energética
Ministro participa de lançamento do Programa Minas do Hidrogênio - Foto: Bruno Spada/MME

O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, defendeu o hidrogênio verde (H2V) para garantia no suprimento de energia no futuro e negou a possibilidade de apagão ou racionamento, em meio à crise hídrica que afeta os reservatórios no país.

Bento Albuquerque participou nesta quinta (12) do lançamento do programa mineiro de incentivo ao H2V Minas do Hidrogênio.

A inciativa pretende aproveitar o potencial de Minas Gerais para transformar o estado em um importante player desse novo mercado.

“O hidrogênio para Minas e para o Brasil é uma energia que será vital para enfrentar no futuro a situação de escassez hídrica que estamos passando”, afirmou o ministro.

“O programa lançado por Minas Gerais está completamente alinhado à política pública nacional”, completou.

No início do mês, o MME apresentou as diretrizes do Plano Nacional do Hidrogênio (PNH2). A estratégia do governo é facilitar as diferentes rotas de produção do combustível.

Entre as diretrizes do PNH2 estão “aproveitar o gás natural nacional com captura e armazenamento de CO2 para produção de hidrogênio azul; e a competitividade das renováveis para o hidrogênio verde e as possibilidades trazidas pelos biocombustíveis, como etanol e biogás”.

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Minas do Hidrogênio

O programa, encabeçado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), se baseia em dois pilares.

O primeiro é o aproveitamento da grande oferta de energia fotovoltaica — necessária para eletrólise da água para produção de H2V  –, e de biometano e etanol, que também podem ser fontes de hidrogênio limpo.

O segundo é a destinação desse H2V para consumo da indústria local, com o objetivo de descarbonizar as atividades das mineradoras, siderúrgicas e do agronegócio presentes no estado, além da malha viária, que é a maior do país.

“Esperamos que com a alavancagem do hidrogênio verde as empresas mineiras fiquem mais competitivas”, disse o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.

Para Marcelo Veneroso, coordenador do conselho de hidrogênio da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o hidrogênio verde deverá agregar valor às commodities e bens já produzidos no estado.

“O hidrogênio pode colocar Minas em destaque. Não podemos tratar o H2V como commodity simplesmente. Devemos distribuir valor na cadeia produtiva e estamos empenhados nisso”. disse o executivo.

Além disso, Veneroso acredita que a adoção do hidrogênio será uma questão de sobrevivência da indústria. 

“Se nossos produtos não entrarem na onda verde de baixa emissão de carbono, não teremos aceitabilidade e ficaremos obsoletos em até 30 anos”.

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Ministro descarta racionamento

“Não trabalhamos com a hipótese de racionamento”, destacou Bento Albuquerque durante o evento.

Segundo o ministro, o país possui oferta de energia suficiente e em expansão.

“Só o estado de Minas está disponibilizando esse ano 2,5 gigawatts de capacidade instalada”.

Além disso, para evitar o risco de apagão, ele afirmou que governo vem adotando medidas de preservação dos reservatórios de água.

“Estamos diversificando nossa matriz, como solar e eólica, e acionando nosso parque termoeléctrico, para que nossos reservatórios possam voltar ao seu nível normal, e não tenhamos problemas em 2021, bem como nos anos subsequentes”, completou.

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