Tensões globais

Petróleo fecha em queda, seguindo discussões de paz para guerra da Ucrânia e excesso de oferta

Investidores foram influenciados por avanços nas discussões sobre a guerra na Ucrânia; Brent caiu 0,91% a US$ 60,56 o barril

Participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na COP26 em Glasgow, no Reino Unido, em 1º de novembro de 2021 (Foto Presidência da Ucrânia)
Participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto Presidência da Ucrânia)

O petróleo caiu nesta segunda-feira (15/12), dando continuidade para as perdas da semana passada, com investidores de olho em avanços nas discussões sobre a guerra na Ucrânia e a perspectiva de excesso de oferta para 2026.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro caiu 0,91% (US$ 0,56), a US$ 60,56 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou com queda de 1,08% (US$ 0,62), a US$ 56,82 o barril.

Sinais de avanço nas negociações do Leste Europeu pesaram sobre o petróleo nesta sessão.

O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, manifestou no domingo (14/12) sua disposição de abandonar a tentativa de seu país de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em troca de garantias de segurança ocidentais, mas rejeitou a pressão dos EUA para ceder território à Rússia.

Além dos esforços de paz entre Rússia e Ucrânia, preocupações com o excesso de oferta pressionam os preços da commodity, diz a Sparta Commodities.

O preço oficial de venda da Arábia Saudita, no nível mais baixo em cinco anos, e a decisão da Opep+ de pausar os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026 “são indicadores bastante convincentes de que os principais players do cartel entendem o tamanho do potencial problema de equilíbrio que surgiu e deve continuar no próximo ano”, acrescenta.

Segundo a chefe de Relações Exteriores e Segurança da União Europeia (UE), Kaja Kallas, esta semana será “diplomaticamente intensa” e o bloco decidirá ainda hoje sobre a frota clandestina da Rússia, possivelmente privando Moscou dos meios para financiar a guerra.

Já nas tensões entre EUA e Venezuela, a estatal Petróleos de Venezuela S.A. afirmou hoje que foi alvo de um ciberataque para interromper suas operações. Ainda de acordo com o The New York Times, o petroleiro apreendido na costa da Venezuela semana passada fazia parte do esforço do governo de Nicolás Maduro para apoiar Cuba.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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