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Os preços do petróleo despencam nesta segunda (9/8), com os futuros do Brent sendo negociados a menos de US$ 68 por barril, queda de 4%. Cotação chegou a mínima de US$ 67,61, o menor valor desde julho.
— A desvalorização vem na esteira de dados econômicos positivos nos EUA, que deram força ao dólar. Na semana passada, o Brent perdeu quase 7%, a maior queda semanal em nove meses (Reuters).
— Até quarta-feira, dados dos estoques americanos vão influenciar a cotação, diante da preocupação global com a demanda de curto prazo.
— Na Ásia, a China enfrenta o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, em função do avanço das variantes mais contagiosas do coronavírus. O maior importador global de óleo está impondo restrições à movimentação de pessoas, enquanto faz testagens em massa, destaca o Financial Times.
— A crise sanitária ocorre em um momento de desaceleração do crescimento da economia chinesa, com reflexo nas importações de óleo, menores este ano.
No fim de semana, a Saudi Aramco, estatal saudita, reafirmou os planos de elevação de sua capacidade máxima de produção – contida pelo acordo na OPEP+ -, de 12 milhões para 13 milhões de barris por dia. A maior produtora mundial de óleo obteve lucro recorde de US$ 25 bilhões no 2º trimestre.
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Os preços médios dos combustíveis no Brasil voltaram a subir, segundo pesquisa da ANP publicada na sexta (6/8). O litro do diesel ficou em R$ 4,598 (+0,21%), da gasolina, R$ 5,853 (+0,53%), e do etanol, R$ 4,339 (+0,3%).
A pressão sobre os consumidores torna o assunto um lugar comum nos discursos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em meses recentes, o presidente tem feito promessas, propostas que envolvem a Petrobras e opinado sobre a regulação do setor.
— Nada concreto, contudo, foi anunciado pelo governo federal. O plano, discutido desde 2019, passa pela criação de um fundo para controle da volatilidade – usar recursos da indústria de óleo, como royalties, para estabilizar os preços internos.
— “Vamos estudar uma possibilidade de a gente não mexer no preço dos combustíveis quando o dólar cai aqui dentro e o preço do barril do petróleo cai lá fora. É a maneira de não aumentar combustível”, citou Bolsonaro na semana passada.
Até aqui, o presidente já disse que “estuda” zerar os impostos federais do diesel em 2022, como fez em março e abril, sem muito efeito, já que os preços continuaram subindo (Estadão); e, mais recentemente, que quer acabar com a bandeira branca.
— “Vamos tentar acabar com a bandeira branca dos combustíveis também. Eu não vou falar máfia, porque alguém do setor aí pode me criticar. Mas o comportamento é o pior possível. Cada bandeira define o preço na sua região” (Metrópoles)
— A desoneração do diesel custaria R$ 26 bilhões no ano. Junto com o aumento do Bolsa Família, de despesas com o funcionalismo e redução da carga tributária prometida na reforma, o pacote de bondades para melhorar a popularidade de Bolsonaro em 2022 já está em R$ 67 bilhões de gasto público. (Folha)
— Bolsonaro defende que a Petrobras destine R$ 3 bilhões para um programa de vale-gás – subsídio bimestral para compra de GLP – e a vontade de chegar a um “acordo” com a estatal sobre a política de preços.
— Segundo informações da Reuters, na mira estão dividendos, recursos já destinados pela companhia para projetos sociais e a quitação de multas ambientais.
Onze supridores de gás natural entregaram propostas para a chamada pública coordenada lançada em julho pelas distribuidoras Algás, Bahiagás e PBGás. A previsão é de habilitação de propostas para negociação até 31 de agosto.
— Na lista, há produtores, incluindo a Petrobras; comercializadores e importadores de GNL: Compass (Cosan), Ebrasil LNG, Equinor, Excelerate Energy, Galp, Gas Bridge, New Fortress Energy, Origem, Petrobras, PetroReconcavo e Shell.
— A demanda das distribuidoras é da ordem de 4 milhões de m³ por dia, sendo 3,4 milhões na Bahia, 460 mil em Alagoas e 185 mil na Paraíba. Valores de 2020, impactados pela pandemia.
— Recentemente, a Petrobras manifestou o interesse em reduzir sua participação no suprimento de gás natural para distribuidoras da região Nordeste. Um dos motivos é o arrendamento do terminal de GNL da Bahia, em negociação com a Excelerate Energy.
— Até o momento, a Potiguar E&P fechou acordo para fornecimento de gás no Rio Grande do Norte; a New Fortress Energy, em Santa Catarina; e a Shell em Pernambuco. Há também um contrato da Alvopetro com a Bahiagás
Oito projetos de biogás e biometano na região Sul do país receberão um aporte total de R$ 4 milhões do GEF Biogás Brasil, recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente, implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO) e executado pelo CIBiogás.
— O objetivo do edital é tirar do papel unidades de demonstração de soluções baseadas no biogás. Inclui projetos de recuperação do biometano na agropecuária, uso em frota e geração de energia. Veja a lista completa
EPE transmite amanhã (10/7) uma live sobre o Plano Indicativo de Terminais de GNL (PITER), documento que aponta um potencial de expansão da capacidade de regaseificação de GNL no Brasil de 56 milhões de m³/dia. Webinar será mediado por Heloisa Borges, diretora Diretora de Estudos de Petróleo e Gás Natural da EPE, com Thiago Barral, presidente da estatal, e representantes do MME e da New Fortress Energy. Veja a programação.
O Custo Marginal de Operação (CMO) vai subir 14,2% na segunda semana de agosto, para R$ 2.901 por MWh, em todas as regiões, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). Reflexo da escassez de energia nos reservatórios das hidrelétricas, que leva ao acionamento de térmicas mais caras.
— A previsão é que as usinas da região Sudeste/Centro-Oeste cheguem no final da semana operativa (13 de agosto) com 25,1% de sua capacidade nos reservatórios. As estimativas são de 78% no Norte; 53,6% no Nordeste e 44,5% no Sul – região que mais sofre com a seca.
— O crescimento da demanda por energia em agosto foi reduzido de 4,6% para 3,8% na revisão semanal do ONS. “O principal fator que influenciou na elevação do CMO dos subsistemas SE/CO, S, NE e N foi a atualização da previsão de vazões”, diz o relatório.
— A menor previsão de carga e maior disponibilidade de usinas térmicas e hidráulicas contribuíram para reduzir, parcialmente, a tendência de elevação do CMO.
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