Tensões globais

Petróleo fecha em queda de 2%, com incerteza sobre Rússia-Ucrânia e Fed no radar

Investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve; Brent caiu 2%, a US$ 58,88 o barril

Cavalos-de-pau (bombas pumpjacks) para produção de petróleo onshore na Rússia e, ao fundo, céu alaranjado (Foto Yegor Aleyev/TASS)
Cavalos-de-pau (bombas pumpjacks) para produção de petróleo onshore na Rússia e, ao fundo, céu alaranjado (Foto Yegor Aleyev/TASS)

O petróleo caiu nesta segunda-feira (8/12), em queda de cerca de 2%, enquanto investidores seguem monitorando negociações de paz entre Rússia e Ucrânia, apesar de nova troca de ataques entre os dois países.

O mercado também aguarda a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que será na quarta-feira (10/12).

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro teve recuo de 1,98% (US$ 1,26), a US$ 62,49 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em queda de 2% (US$ 2,80), a US$ 58,88 o barril.

Na noite do domingo (7/12), o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o seu homólogo ucraniano, Volodimir Zelenski, “não está pronto” para aprovar uma proposta de paz elaborada por Washington destinada a encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

“Acredito que a Rússia está de acordo, mas não tenho certeza se Zelenski, está. O pessoal dele adorou, mas ele não está pronto”, disse.

O líder ucraniano possui um encontro marcado com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, o chanceler da Alemanha, Freidrich Merz, e o presidente da França, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira para atualizar sobre as negociações de paz.

No fim de semana, Rússia e Ucrânia trocaram ataques e deixaram pessoas feridas.

Na avaliação do Ritterbusch, nesta semana o mercado será afetado não apenas pelas notícias sobre Ucrânia-Rússia e Venezuela, mas também pela decisão do Fed sobre a taxa de juros, que terá implicações na demanda por derivados de petróleo.

Em entrevista nesta segunda, o Conselheiro Econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, defendeu que o BC americano deve continuar a flexibilizar sua política monetária e disse que é preciso analisar os dados para entender quantos cortes nos juros seriam necessários para alcançar o nível “ideal”.

Hassett é visto como favorito para substituir o atual presidente do Fed, Jerome Powell.

Por Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

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