Queda do preço

Fitch reduz projeções de preços do petróleo para 2025-2027, refletindo o excesso de oferta

Segundo estimativa, o preço médio do Brent deve cair para US$ 69 o barril em 2025 e US$ 63 em 2026 e 2027

Plataforma FPSO da Prio para exploração offshore de petróleo e gás (Foto Divulgação)
Plataforma FPSO da Prio para exploração offshore de petróleo e gás (Foto Divulgação)

A agência internacional de classificação de crédito Fitch Ratings reduziu suas projeções de preços do petróleo para 2025-2027, refletindo o excesso de oferta no mercado.

“As suposições de preços do petróleo Brent e WTI para o curto e médio prazo foram reduzidas para refletir o grande excesso de oferta, com o crescimento da produção superando os modestos aumentos na demanda”, aponta a agência de classificação de risco em análise divulgada na quarta-feira (3/12).

Segundo estimativa, o preço médio do Brent deve cair para US$ 69 o barril em 2025 e US$ 63 em 2026 e 2027. O preço médio do WTI recuará para US$ 64 o barril este ano e US$ 58 no ano que vem e 2027.

A Fitch também levou em consideração a incerteza em relação aos volumes russos e à política da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) após uma pausa na reversão dos cortes de produção no primeiro trimestre de 2026.

“Mantivemos inalteradas as suposições de longo prazo e de ciclo médio, pois preços mais baixos devem começar a restringir o crescimento da oferta de maior custo”, acrescenta.

O relatório prevê que a demanda global avance cerca de 800 mil barris por dia (bpd) em 2025 e 2026 devido ao crescimento econômico mais lento, uma forte recessão no setor petroquímico e a transição energética.

“Com um crescimento do PIB marginalmente mais forte em 2026, o crescimento da demanda pela commodity pode encontrar algum suporte, mas ainda esperamos que permaneça abaixo de 1 milhão de bpd”, diz a Fitch.

As recentes sanções dos EUA e do Reino Unido às empresas petrolíferas russas Lukoil e Rosneft podem ter um impacto adverso nos volumes de exportação de petróleo russo, já que essas empresas representam cerca de 50% das exportações de óleo da Rússia.

Além disso, um acordo de paz na Ucrânia, se alcançado, é improvável que afete os volumes de exportação de Moscou no curto prazo, adiciona.

Por Thais Porsch

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias