Tensões globais

Petróleo fecha em queda, de olho em possível distensão entre Rússia e Ucrânia

Investidores foram influenciados por possibilidade de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia; Brent caiu 1,14%, a US$ 62,45 o barril

Petróleo fecha em queda, de olho em possível distensão entre Rússia e Ucrânia

O petróleo caiu nesta terça-feira (2/12), depois de operarem voláteis durante a sessão, à medida que os investidores ponderam os desdobramentos de um possível acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, diante do encontro do líder russo, Vladimir Putin, com uma delegação norte-americana em Moscou.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro recuou 1,14% (US$ 0,72), a US$ 62,45 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, fechou em queda de 1,14% (US$ 0,68), a US$ 58,64 o barril.

Antes de se reunir com o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, e o Jared Kushner — genro do presidente dos EUA, Donald Trump, Putin alegou que os líderes europeus querem “dificultar” as propostas de Washington e insistiu que eles “não têm uma agenda pacífica”, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

Segundo a Axios, após o encontro na capital russa, é esperado que a delegação americana viaje para encontrar o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski.

Na avaliação do Ritterbusch, os preços do petróleo caem enquanto acompanham as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.

“À medida que o setor energético entra lentamente em um período de negociações com volume reduzido devido ao feriado nas próximas semanas, a possibilidade de uma grande oscilação de preços diminui, a menos que haja um avanço significativo nas negociações de paz entre Ucrânia e Rússia”, diz, ao mencionar que considera a probabilidade de uma resolução para o conflito no Leste Europeu como “baixa”.

Para o Julius Baer, no entanto, as recentes tensões geopolíticas provavelmente não alterarão a perspectiva de longo prazo para os preços do petróleo, gerando um impacto apenas no curto prazo.

“Além disso, crescem as preocupações com o fornecimento de petróleo da Venezuela em vista do aumento da pressão dos EUA”, pondera.

Por  Isabella Pugliese Vellani, com informações da Dow Jones Newswires

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