Tensões globais

Petróleo fecha em leve alta, com incerteza sobre Rússia-Ucrânia e Opep+ no radar

Investidores foram influenciados por novidades no acordo que pode encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia; Brent subiu 0,52%, a US$ 62,87 o barril

Participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na COP26 em Glasgow, no Reino Unido, em 1º de novembro de 2021 (Foto Presidência da Ucrânia)
Participação do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Foto Presidência da Ucrânia)

O petróleo subiu nesta quinta-feira (27/11), em meio a notícias de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deve manter a produção da commodity estável no primeiro trimestre de 2026. O mercado acompanha também novidades no acordo que pode encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para fevereiro fechou em alta de 0,52% (US$ 0,33), a US$ 62,87 o barril, enquanto o petróleo WTI para janeiro, negociado na Nymex, avançou em 0,80% (US$ 0,47), a US$ 59,12 o barril.

Em dia de liquidez reduzida por causa do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, os preços da commodity registraram pouca variação, ganhando força na reta final da sessão.

A movimentação acontecia enquanto o mercado assimilava notícias da imprensa internacional de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), em reunião no próximo domingo (30/11), não deve alterar a política de produção da commodity no começo de 2026.

A medida acontece em meio a temores de sobreoferta do petróleo.

Enquanto isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse estar pronto para receber oficiais dos Estados Unidos e discutir o acordo de paz com a Ucrânia, mas destacou que não há uma versão “final” do plano.

Para o analista da XS.com Antonio Di Giacomo, a estabilização dos preços de petróleo é temporária, com perspectiva de baixa no curto a médio prazo devido a “estoques elevados nos EUA, sinais de excesso de oferta, produção estável da Opep+ e progresso diplomático entre a Rússia e a Ucrânia”.

No noticiário corporativo, o investidor bilionário e coproprietário do Los Angeles Dodgers, Todd Boehly, fez uma oferta para comprar os ativos internacionais da Lukoil, empresa russa de energia afetada por sanções dos Estados Unidos.

Por Letícia Araújo, com informações da Dow Jones Newswires

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