Compass fecha compra dos 51% da Petrobras na Gaspetro por R$ 2,03 bi

Trabalhadores em planta de gasodutos da Comgás (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação Comgás)

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A Petrobras assinou o contrato de venda de seus 51% de participação na Gaspetro com a Compass Gás e Energia, empresa do grupo Cosan, por R$ 2,03 bilhões.

— A venda do controle da subsidiária, que detém participações em 19 distribuidoras de gás do país, estava prevista no Termo de Compromisso de Cessação (TCC) proposto pela Petrobras ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para saída do transporte e da distribuição de gás natural.

A Mitsui é sócia da Petrobras na Gaspetro, com 49%. Em novembro, o Valor Econômico noticiou que a empresa japonesa estudava vender sua fatia na subsidiária da Petrobras.

— “Além disso, até o fechamento a Petrobras observará as disposições constantes dos acordos de acionistas da Gaspetro e das distribuidoras de gás natural, inclusive quanto aos direitos de preferência, conforme aplicáveis”, informou a Petrobras.

— A Cosan controla a Comgás, a maior distribuidora de gás canalizado do país, que tem uma das concessões estaduais em São Paulo.

Preocupações concorrenciais chegaram a tirar a Cosan da disputa, mas, em dezembro, o Cade afirmou que a permanência da companhia na concorrência não caracterizaria descumprimento do TCC.

— “Caso seja assinado o contrato de compra e venda de ações, a operação estará sujeita à apreciação do Cade, no momento da análise do Ato de Concentração, quanto aos possíveis impactos à defesa da concorrência”, informou a Petrobras, na época.

— A Compass Gás Energia foi criada pela Cosan para atuar na área de infraestrutura de gás natural. A empresa desenvolve o Rota 4 e um terminal de GNL.

A expectativa no mercado agora se volta para o anúncio de venda de refinarias. Os prazos previstos no acordo com o Cade foram adiados de forma sigilosa, mas a Petrobras pretende abrir a informação.

— Na data pública mais recente, a previsão era assinar até 31 de julho a venda das refinarias do 1º pacote – Isaac Sabbá (Reman, no Amazonas); Lubnor (de lubrificantes, no Ceará); e Alberto Pasqualini (Refap, no Rio Grande do Sul). As outras estavam previstas para outubro e dezembro.

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Porto Central, no Espírito Santo, garante contrato com a Petrobras e atrai negócios na área de amônia verde. Em construção na cidade de Presidente Kennedy, sul do estado, o porto pretende ser um hub de energia, com movimentação de óleo, gás (inclui GNL) e apoio offshore.

— O contrato com a Petrobras, fechado em julho, prevê transbordo de petróleo e derivados no futuro terminal de líquidos. Ao todo, o Porto Central terá quatro berços para atracação de navios de grande porte (VLCC).

— A canadense AmmPower, por sua vez, assinou um Memorando de Entendimento com o Porto Central para implementação de uma unidade de produção, armazenamento e distribuição de amônia verde, feita a partir do hidrogênio verde (H2V).

— Com o anúncio, o porto capixaba entra na rota dos grandes projetos de H2V previstos no Brasil, nos portos do Pecém (CE), Açu (RJ) e Suape (PE).

No mercado de óleo, tudo normal. Com a sinalização dentro do esperado do Fed, banco central dos EUA, o dólar recuou e a cotação do petróleo subiu sem solavancos. O Brent valorizou 0,48%, para US$ 73,83 o barril, no mercado futuro.

— Nos EUA, o WTI avançou 1%, para US$ 72,39, com queda nos estoques, que estão no menor nível desde 2020. Estadão

Tentativa de greve dos caminhoneiros caminha para o fim. O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) anunciou que pretende desmobilizar o movimento, iniciado no domingo (25/7), mas que não teve adesão da categoria.

— Não foi a primeira vez que os caminhoneiros tentam parar para pressionar o governo a intervir na Petrobras – a pauta é o fim da paridade internacional de preços. O movimento, contudo, não demonstra força no governo de Jair Bolsonaro, que apoiou a greve nacional de 2018.

O consumo de combustível cresce, puxado pelo agronegócio. No primeiro semestre, a demanda por diesel avançou 11% em relação a 2020, para 4,94 bilhões de litros por mês. Na comparação com o primeiro semestre de 2019, antes da pandemia, houve aumento de 8,1%. Valor

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anulou decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de 2018 que condenou a Petrobras a pagar uma indenização bilionária a seus empregados. À época, os cálculos chegavam a R$ 17 bilhões.

— Na decisão, tomada durante o recesso forense, o ministro rejeitou argumentos do TST na causa referente à política remuneratória adotada pela companhia desde 2007 a seus empregados, com a adoção da Remuneração Mínima de Nível e Regime (RMNR).

— A Federação Única dos Petroleiros (FUP) vai recorrer da decisão, para que ela seja julgada por um colegiado. “É surpreendente que um tema dessa natureza e complexidade seja decidido de forma monocrática e durante o período de recesso do Supremo Tribunal Federal”, afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar. (Reuters)

Omega Geração fechou um acordo de R$ 423 milhões com a EDF Renewables para compra de 50% do Complexo Eólico Ventos da Bahia 3, em Mulungu do Morro (BA). A capacidade instalada dos parques em construção é de 181,5 MW, com operação prevista para 2022.

— Ventos da Bahia 3 é uma expansão dos complexos 1 e 2, nos quais Omega e EDF Renewables já são sócias desde o fim de 2020. EDF e Omega também dividem o controle do Complexo Solar Pirapora, em Minas Gerais. Somados os complexos, as empresas passarão a operar 693 MW em conjunto no Brasil.

Rodada extraordinária de venda de excedente de energia das distribuidoras para o mercado livre negociou 675,1 MW médios, válidos para janeiro a dezembro de 2022, na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

— A rodada do Mecanismo de Venda de Excedentes (MVE) foi um pedido dos agentes. No submercado Sudeste/Centro-Oeste, o maior do país, foram negociados 387,7 MW médios, sendo 212,1 MW médios ao preço do PLD + spread marginal de R$ 5,00/MWh; e o restante entre R$ 323,23/MWh e R$ 333,00/MWh. O PLD chegou a superar R$ 580/MWh em julho.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou da reinauguração da termelétrica William Arjona, da Delta Energia, no Mato Grosso do Sul. Com capacidade para gerar 191 MW, a unidade foi viabilizada com um custo de geração de R$ 1.741/MWh, a mais cara do país, destaca a Folha.

— Neste momento de crise energética, a Delta Energia conseguiu antecipar a operação. A UTE William Arjona estava parada desde 2017 e foi comprada da Engie.

— O fornecimento de gás foi fechado com a Petrobras (supridora) e com a MSGás, distribuidora do estado.

Pelo menos 20 empresas aderiram ao Programa de Resposta da Demanda, que será atualizado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), como uma das soluções do governo para enfrentar a escassez de energia. A consulta pública das novas regras pode sair esta semana.

— O programa prevê estímulo para o deslocamento do consumo de energia nos horários de pico. Foi criado em 2017, no governo de Michel Temer, mas será atualizado. A Braskem foi a primeira a optar pelo sistema, ainda no fim de 2018. Folha

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