A canadense AmmPower assinou um Memorando de Entendimento com o Porto Central, no Espírito Santo, próximo à divisa com o Rio de Janeiro, para implementação de uma unidade de produção, armazenamento e distribuição de amônia verde, feita a partir do hidrogênio verde (H2V).
Com o anúncio, o porto capixaba entra na rota dos grandes projetos de H2V previstos no Brasil, nos portos do Pecém (CE), Açu (RJ) e Suape (PE).
Ao contrário dos demais projetos, onde a amônia verde será destinada para exportação, o projeto da AmmPower está focado no abastecimento do mercado doméstico.
“Este é um passo incrível para a AmmPower poder trabalhar com o Porto Central para criar um dos principais portos de energia limpa do mundo. A tecnologia da AmmPower permitirá usar hidrogênio e amônia verde como combustível para os grandes navios no Porto Central”, afirmou o CEO da companhia, Gary Benninger.
Segundo Benninger, a empresa deverá ajudar a fornecer energia limpa para a rede elétrica do Brasil, além de produzir fertilizantes limpos.
O Porto Central está bem próximo a atividades de exploração e produção de petróleo e gás e projetos de novos parques eólicos offshore — considerados essenciais para fornecimento de energia renovável necessária para o processo de eletrólise na sintetização do H2V.
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A Votu Winds prevê 1.440 MW de potência, a partir da instalação de 144 torres com potência de 10 MW cada, em parques offshore entre os municípios de Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy — onde está localizado o porto.
Já o Rio de Janeiro, com quem faz divisa, concentra quatro dos seis maiores projetos offshore em desenvolvimento no país.
O projeto da Ventos do Atlântico — o segundo maior do país — com 371 aerogeradoes e pouco mais de 5 GW de potência. Em seguida vem o parque Aracatu, da Equinor, com 3,8 GW de capacidade e 320 turbinas.
Para Jose Salomão Fadlalah, CEO do Porto Central, a parceria com a AmmPower alinhada com os objetivos de desenvolver um Hub de Energia Limpo e Verde no local, “criando uma infraestrutura de negócios sustentável ajudando a acelerar a transição energética”.
Segundo o comunicado à imprensa, o porto capixaba permitirá à empresa canadense transportar hidrogênio e amônia verde em toda a região, por meio do seu terminal de granéis líquidos.
Além disso, está sendo desenvolvido um novo complexo industrial portuário de águas profundas, com acesso a rodovias e futuras ferrovias.
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