Tensões globais

Petróleo fecha em queda diante de preocupações com oferta e plano de paz para Rússia e Ucrânia

Investidores foram influenciados por temores de sobreoferta; Brent caiu 1,29%, a US$ 62,56 o barril

Bombas cavalos-de-pau (pumpjacks) para exploração onshore de petróleo, com céu azul ao fundo (Foto Brigitte Werner/Pixabay)
Bombas cavalos-de-pau (pumpjacks) para exploração onshore de petróleo (Foto Brigitte Werner/Pixabay)

O petróleo caiu nesta sexta-feira (21/11) pressionado por temores de sobreoferta, conforme o prêmio de risco arrefecia diante das negociações para encerrar a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro recuou 1,29% (US$ 0,82), a US$ 62,56, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em queda de 1,59% (US$ 0,94), a US$ 58,06 o barril. Na semana, o recuo foi de 2,84% e 3,37%, respectivamente.

No terceiro dia consecutivo de perdas, a commodity operou com pouca volatilidade, em queda desde o início da sessão. Apesar das sanções norte-americanas contra as empresas petrolíferas russas passarem a valer nesta sexta, o mercado continua avaliando as preocupações com a sobreoferta.

“Dados importantes surgirão nas próximas semanas, à medida que observarmos o destino dos barris sancionados e a disposição dos EUA em aplicar as sanções”, afirmam analistas do DNB.

A Spartan Capital aponta que os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar a perfuração de poços de petróleo no país também pesam no sentimento.

Para os especialistas, o desequilíbrio no mercado parece estar aumentando: “vemos a queda de hoje como um momento potencialmente decisivo para o petróleo. Se as vendas se intensificarem, os preços podem cair mais 5%”.

Além disso, tratativas para o fim dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia também empurram os preços do commodity para o negativo, aponta o Commerzbank. Trump declarou nesta sexta que a Ucrânia tem até a próxima quinta-feira para aceitar o plano de paz.

O líder da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta que o projeto pode servir como base para “termos finais”, mas que os ucranianos são contra a proposta.

Por Letícia Araújo, com informações da Dow Jones Newswires

Inscreva-se em nossas newsletters

Fique bem-informado sobre energia todos os dias