Deputados querem urgência na liberação de recursos para gás de cozinha

Por ser largamente utilizado na cozinha dos brasileiros, o preço do GLP é sensível do ponto de vista social e tem um histórico de controles e subsídios
Por ser largamente utilizado na cozinha dos brasileiros, o preço do GLP é sensível do ponto de vista social e tem um histórico de controles e subsídios (Foto: Marcelo Casal/Agência Brasil)

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Deputados federais querem votar já em agosto, na volta do recesso parlamentar, o projeto de lei que destina recursos para a compra do gás de cozinha. O PL de Carlos Zarattini (PT/SP) teve sua urgência aprovada antes da interrupção dos trabalhos na Câmara, e o texto deve ser relatado por Christino Áureo (PP/RJ).

— “Criamos duas fontes intrinsecamente ligadas à produção de petróleo e gás, que têm aumento de arrecadação com o aumento do preço. Se eles [governo] querem fazer ou não, estamos autorizando a fonte. Nossa parte nós estamos fazendo”, afirma Zarattini. Veja os detalhes.

— O governo federal até fala na criação do vale-gás, mas não apresentou planos concretos. Em epbr, mostramos como o gasto bilionário com a desoneração de combustíveis este ano – que não impediu o avanço dos preços finais – poderia ser usado para bancar o GLP para inscritos no Bolsa Família.

A defasagem nos preços da gasolina cobrados pela Petrobras, segundo cálculos da Ativa Investimentos, subiu de 9% para 16% da semana passada para cá, com a valorização dos preços dos combustíveis no mercado internacional.

— “Por hora, essa defasagem não vai modificar as nossas projeções no IPCA, visto que não há previsão de reajuste da gasolina por parte da Petrobras”, explica o economista da corretora, Guilherme Sousa.

— Em 6 de julho, a Petrobras elevou os preços da gasolina em 15,7 centavos por litro, para R$ 2,69 por litro, uma alta de 6,2%. Cerca de 20 dias antes, havia reduzido os preços em cerca de 2%.

— Os sinais do Fed, banco central dos EUA, nesta quarta (28/7), sobre a trajetória de juros e estímulos podem afetar o câmbio. O mercado antecipa uma manutenção dos juros, e o dólar é negociado em leve alta, de R$ 5,17, após recuar de patamar superior a R$ 5,25.

— A cotação do óleo segue sustentada entre US$ 73 e US$ 74 por barril. Os futuros do Brent recuaram 0,02% na terça (27/7).

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A SBM Offshore assinou contrato com a Petrobras para o afretamento do FPSO Almirante Tamandaré, que será instalado no campo de Búzios, pré-sal da Bacia de Santos.

— É a maior unidade contratada no país em capacidade de processamento de óleo (225 mil barris/dia e 12 milhões de m³/dia de gás natural). Com contrato de afretamento de 26 anos, a unidade deve entrar em operação no segundo semestre de 2024. epbr

— A segunda maior unidade do tipo no Brasil será a da Modec, contratada em janeiro pela Equinor para Bacalhau (pré-sal de Santos), com 220 mil barris de petróleo por dia e 15 milhões de m³/dia de gás natural.

Recuperação econômica eleva em 1,4 ponto percentual a projeção de aumento do consumo de energia em 2021, para 4,6%, segundo revisão quadrimestral de carga feita pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

— “É importante ressaltar que há riscos importantes para a concretização do cenário, como a evolução da pandemia, a intensidade da escassez hídrica e a efetividade das medidas de gestão tomadas e a dinâmica inflacionária”, diz a nota.

O ONS começa a receber propostas para contratação emergencial de energia termelétrica, por meio de uma das medidas criadas pelo governo para compensar a estiagem que atinge os reservatórios.

— Nesta modalidade, poderão ser contratadas UTEs despacháveis para atendimento ao sistema integrado, usinas já disponíveis, mas sem contrato de comercialização de energia vigente. Veja os detalhes.

— Na semana passada, outra portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) definiu a possibilidade de contratação de oferta adicional de energia de cogeração qualificada a biomassa e gás natural. O ONS deve publicar nas próximas duas semanas as regras de operacionalização.

O MME voltou a negar que haja risco de apagão: “não há indicativo de corte de carga e, portanto, de apagões nem no pior cenário utilizado. O ONS, mesmo indicando desafios para a operação do sistema no futuro próximo, em momento algum menciona interrupção de suprimento”.

— A pasta faz referência à revisão do cenário para 2021 publicada pela ONS, em que há indicação de risco de déficit de potência no fim do período seco – e recomendações para evitar o cenário. O pronunciamento é resposta do MME a um editorial da Folha.

— O “programa voluntário de resposta à demanda” deverá ser proposto nas próximas semanas, diz o MME. É o plano para estimular consumidores a racionarem o consumo de energia, especialmente nos horários de pico.

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