O diretor Superintendente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski, defende uma curva definitiva de erradicação do uso dos combustíveis fósseis como resultado ideal da COP30, em Belém (PA).
Em entrevista ao estúdio eixos na COP30, Tokarski disse que vê o momento como oportuno para o debate. Assista na íntegra acima.
Representantes de 83 países — produtores e consumidores de petróleo do Norte e Sul global — estão se unindo em uma coalizão para pressionar por um roteiro para a transição para longe dos combustíveis fósseis. Eles formam o “Chamado do Mutirão por um Roteiro para os Combustíveis Fósseis”. Entenda melhor com a newsletter diálogos da transição.
Tokarski defende a substituição dos fósseis pelos biocombustíveis “num plano de convivência” como uma forma de dar um sinal claro aos investidores para ampliação da capacidade de produção dos biocombustíveis.
Ele destacou, ainda, que o Brasil pode se consolidar como fornecedor global de biocombustíveis, mas também precisa fazer o seu dever de casa.
“Nós temos que substituir esses combustíveis importados por biocombustíveis. O país está no rumo certo. Agora a gente tem que transformar a boa vontade em questões efetivamente definidas para que a gente possa avançar”.
A entrevista foi ao ar no programa diálogos da transição COP30 de terça-feira (18/11). Assista na íntegra.
Apresentado por Mariana Procópio, o programa traz os principais destaques do dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, realizada em Belém (PA). Inscreva-se no canal da agência eixos no Youtube, ative as notificações e fique por dentro de todos os conteúdos.
Principais assuntos tratados pelo diretor da Ubrabio
- Unidade do setor: produtores de biocombustíveis apresentam posição conjunta e destacam o potencial do biodiesel brasileiro.
- Reconhecimento internacional: modelo nacional de biocombustíveis ganha atenção na COP30, com interesse especial no biodiesel.
- Oferta ao mundo: biodiesel de alta descarbonização mostrado como alternativa imediata, já usado em misturas elevadas.
- Capacidade de expansão: produção nacional pode crescer rapidamente para mais de 15 bilhões de litros ao ano.
- Segurança alimentar: produção integrada com alimentos, ampliando oferta de proteínas sem competição por terra.
- Compromissos globais: quadruplicar biocombustíveis até 2035 exige segurança regulatória e previsibilidade.