Tensões globais

Petróleo fecha alta, impulsionado por falas de Trump e tensões geopolíticas

Investidores foram influenciados por falas do presidente dos EUA, Donald Trump; Brent subiu 1,07%, a US$ 64,89 o barril

Donald Trump discursa antes de assinar decreto que cria força-tarefa para os Jogos Olímpicos de Los Angeles de 2028, no Auditório South Court, na Casa Branca, em 5 de agosto de 2025 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)
Donald Trump discursa antes de assinar decreto que cria força-tarefa para as Olimpíadas de Los Angeles de 2028 (Foto Joyce N. Boghosian/Oficial Casa Branca)

O petróleo subiu nesta terça-feira (18/11), em sessão marcada por volatilidade. Investidores monitoram tensões geopolíticas e falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se sobrepondo aos sinais de oferta mais apertada no curto prazo.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro avançou 1,07% (US$ 0,69), a US$ 64,89 o barril, enquanto o petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex, fechou em alta de 1,35% (US$ 0,81), a US$ 60,67 o barril.

“Os preços permanecem presos entre a instabilidade geopolítica e a expansão estrutural da oferta”, diz Nadir Belbarka, analista da XMArabia.

Espera-se que os índices globais de petróleo bruto caiam ainda mais nos próximos meses, à medida que as expectativas de um excesso iminente continuam a pesar em suas perspectivas, alerta.

No entanto, as últimas sanções dos EUA estão começando a afetar os preços, acrescenta Belbarka.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e o enviado americano Steve Witkoff viajam à Turquia nesta terça para tentar reativar negociações com Moscou e encerrar a guerra.

Paralelamente, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, enviou na segunda-feira uma carta aos países da União Europeia com propostas formais para expropriar ativos russos e alternativas de financiamento à Ucrânia por meio de empréstimos.

Nos EUA, Trump disse estar reconstruindo as reservas estratégicas dos EUA “destruídas pelo governo de Biden” e que está aberto a conversar com o líder da Venezuela, Nicolás Maduro, em comentários a repórteres antes de encontro com o príncipe da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

No radar corporativo, a ExxonMobil, Chevron e Abu Dhabi National Oil, assim como o gigante de private equity dos EUA Carlyle Group, estão entre as interessadas nos ativos internacionais da petrolífera russa Lukoil, uma venda acelerada pelas sanções de Washington que entrarão em vigor no próximo mês, segundo a Bloomberg.

Por Thais Porsch, com informações da Dow Jones Newswires

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